A agenda do dia traz eventos econômicos importantes. Na Europa, o investidor aguarda pela decisão de política monetária do Banco da Inglaterra. Nos Estados Unidos, saem mais dados sobre o mercado de trabalho, dentre eles os pedidos iniciais por seguro-desemprego. No cenário doméstico, repercute a decisão do Copom em manter a taxa de juros inalterada em 10.50% e os pronunciamentos de Magda Chambriard, presidente da Petrobrás, e do presidente Lula, sobre os próximos passos da estatal.
ÁSIA e OCEANIA
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quinta-feira, após o banco central chinês (PBoC) mais uma vez deixar suas principais taxas de juros inalteradas.
Na China continental, o índice Xangai Composto recuou 0,42% e o menos abrangente Shenzhen Composto teve baixa mais expressiva, de 1,88% em meio à queda de ações de incorporadoras e ligadas à software.
Como se previa, o PBoC manteve as chamadas LPRs, seus juros de referência, nos níveis atuais pelo quarto mês consecutivo. Ontem, o presidente do BC chinês, Pan Gongsheng, sinalizou que a instituição poderá adotar uma taxa de curto prazo como principal referência de sua política monetária.
Em outras partes da Ásia, o Hang Seng caiu 0,52% em Hong Kong enquanto o japonês Nikkei subiu 0,16% em Tóquio, o sul-coreano Kospi avançou 0,37% e o Taiex registrou ganho de 0,85% em Taiwan, atingindo nova máxima histórica.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou estável, à medida que o bom desempenho de ações financeiras e do setor imobiliário compensou a fraqueza de papéis de outros setores. O S&P/ASX 200 encerrou o pregão em Sydney em 7.769,40 pontos.
EUROPA
As bolsas no velho continente abriram em alta nesta quinta-feira, com a de Londres com mais cautela, enquanto investidores aguardam decisão de política monetária do Banco da Inglaterra, que, segundo analistas, deixará seu juro básico inalterado. Às 06:31, o Stoxx 600 avançava 0,50%, o inglês FTSE subia 0,21% e o alemão DAX acumulava 0,64% ao valor de mercado.
EUA
Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta na manhã desta quinta-feira, com destaque para o Nasdaq, sugerindo que Wall Street irá manter o tom positivo ao retomar os negócios após o feriado de ontem nos EUA, que manteve os mercados locais fechados. Na terça-feira, o S&P 500 e o Nasdaq renovaram máximas históricas, enquanto a fabricante de chips Nvidia assumiu o posto de empresa mais valiosa do mundo em meio ao entusiasmo com a tecnologia de inteligência artificial. A agenda dos EUA de hoje traz pesquisas sobre pedidos de auxílio-desemprego e construções de moradias iniciadas, além de discursos de autoridades do Federal Reserve. Às 06:34, no mercado futuro, o Dow Jones subia 0,06%, o S&P 500 avançava 0,35% e o Nasdaq tinha ganho de 0,54%.
BRASIL
À espera do comunicado do Copom que aconteceria no fim da tarde e com liquidez muito reduzida pelo feriado em Nova York, o Ibovespa se mantinha em margem acomodada até o meio da tarde, mas ganhou ímpeto que o reconduziu aos 120 mil pontos, na máxima do dia como também no fechamento, movimento que o índice havia ensaiado, sem efetivá-lo no encerramento, em três das quatro sessões anteriores.
O índice da B3 subiu 0,53%, aos 120.261,34 pontos, entre 118.960,37 (-0,56%) e 120.383,33 (+0,63%) na sessão, em que saiu de abertura aos 119.630,44 pontos. Na semana, o Ibovespa passa hoje ao positivo (+0,50%), ainda cedendo 1,50% no mês e 10,38% no ano. O giro desta quarta-feira ficou em apenas R$ 14,2 bilhões.
Ontem, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) manteve a taxa Selic inalterada em 10,50%. Destacou, em comunicado, que ao avaliar o cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho continua apresentando dinamismo maior do que o esperado.
“A inflação cheia ao consumidor tem apresentado trajetória de desinflação, enquanto medidas de inflação subjacente se situaram acima da meta para a inflação nas divulgações mais recentes”, diz o texto. O próximo encontro está previsto para os dias 30 e 31 de julho.
No mundo corporativo, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que a política de dividendos da Petrobras, de pagar 45% do fluxo de caixa livre, está mantida, conforme consta do estatuto da empresa. A fala de Magda vem em linha com bastidores da empresa e do governo de que não se pretende modificar a fórmula de proventos inaugurada ainda na gestão passada, de Jean Paul Prates.
CÂMBIO
Após tocar o nível de R$ 5,48 no início da tarde, o dólar à vista desacelerou bastante o ritmo de alta na última hora de negociação e encerrou a sessão desta quarta-feira, cotado a R$ 5,4418, avanço de 0,14%. Foi o quarto pregão seguido de valorização da moeda americana, que já acumula ganhos de 1,11% na semana e de 3,64% em junho. Sem a referência do mercado de Treasuries, fechados em razão de feriado nos EUA, os negócios no mercado de câmbio local foram guiados pelas expectativas em torno da decisão do Comitê de Política Monetária à noite.
Hoje, dólar sobe ante outras moedas fortes, com a libra caindo levemente antes da decisão de política monetária do Banco da Inglaterra, que provavelmente deixará seu juro básico inalterado, nas próximas horas. A liquidez tende a ganhar força hoje, uma vez que os mercados dos EUA reabrem após o feriado de Juneteenth.
COMMODITIES
Os contratos futuros do petróleo operam dentro da estabilidade na sessão desta quinta-feira, diante de tensões renovadas no Oriente Médio, e à espera de pesquisa semanal do Departamento de Energia norte-americano sobre os estoques de petróleo e derivados dos EUA.
AGENDA
03:00 – PPI (ALE)
08:00 – Decisão da Taxa de Juros (ING)
09:30 – Licenças de Construção (EUA)
09:30 – Pedidos iniciais por Seguro-Desemprego (EUA)
09:30 – Construção de Casas Novas (EUA)
09:30 – Índice de Atividade Industrial Fed Filadélfia (EUA)
12:00 – Estoques de Petróleo Bruto (EUA)
12:00 – Estoques de Petróleo em Cushing (EUA)
14:00 – Leilão TIPS a 5 anos (EUA)
17:00 – Discurso de Thomas Barkin, Membro do FOMC (EUA)
20:30 – CPI (JAP)
21:30 – PMI Industrial (JAP)