PANORAMA GLOBAL 21/06/24

A agenda desta sexta-feira traz rodada de PMIs na zona do Euro, Reino Unido e Estados Unidos, além da divulgação do relatório de política monetária do Fed. No cenário interno, sai a receita tributária federal.

ÁSIA E PACÍFICO

As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta sexta-feira, após o desempenho negativo do Nasdaq em Nova York ontem pesar em ações de tecnologia em Hong Kong, Coreia do Sul e Taiwan.

Liderando as perdas na Ásia, o índice Hang Seng caiu 1,67% em Hong Kong, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 0,83%, o Taiex cedeu 0,65% em Taiwan e o japonês Nikkei teve perda marginal de 0,09%.

Na China continental, os mercados também ficaram no vermelho hoje, pressionados por ações relacionadas a consumo: o Xangai Composto caiu 0,24% ficando abaixo, portanto, da barreira psicológica dos 3.000 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto apresentou ligeira perda de 0,09%.

Já na Oceania, a bolsa australiana driblou o mau humor da Ásia, sustentada por ações de concessionárias públicas, energia e saúde. O S&P/ASX 200 avançou 0,34% em Sydney, a 7.796.00 pontos.

EUROPA

Os mercados europeus operam em queda generalizada na manhã desta sexta-feira. Dados mostraram que as eleições antecipadas na França prejudicariam a recuperação da atividade empresarial no setor privado da zona do euro. Além disso, o mercado analisa a rodada de PMIs no continente. Às 06:45, 0 Stoxx 600 recuava 0,78%, o inglês FTSE caia 0,92% e o alemão DAX perdia 0,52%. Na França, o índice CAC40 tinha o mesmo viés negativo e recuava 0,53%.

EUA

Os futuros americanos amanhecem no campo negativo, estendendo as perdas do pregão de ontem, enquanto o investidor aguarda por dados de índice de gerente de compras a serem divulgados ainda pela manhã. Ao meio dia, o relatório de política monetária do Fed ganhará a atenção do investidor. Às 06:40, no mercado futuro, o Dow Jones recuava 0,05%, o S&P500 caia 0,12% e o Nasdaq Composto perdia 0,21% do valor de mercado.

BRASIL

O Ibovespa não encontrou força para estender a recuperação além dos 120 mil pontos, mesmo com a decisão unânime do Comitê de Política Monetária pela manutenção da Selic a 10,50% ao ano, sem o dissenso da reunião anterior. Assim, com a expectativa de juros altos por mais tempo no Brasil, e dúvidas sobre a condução da política fiscal em ambiente de Selic ainda elevada e de desancoragem das expectativas de inflação, o Ibovespa voltou a mostrar hesitação, resvalando para o campo negativo na mínima do dia, aos 120.156,30 pontos, tendo avançado moderadamente nos dois dias anteriores.

Ao fim, mostrava leve ganho de 0,15%, aos 120.445,91 pontos, conseguindo testar a casa dos 121 mil na máxima desta quinta-feira, a 121.606,64, nível que não era visto no intradia desde quarta, 12. O giro ficou em R$ 21,1 bilhões. Na semana, o Ibovespa sobe 0,65%, ainda cedendo 1,35% no mês e 10,24% no ano.

CÂMBIO

Após ensaiar uma queda pela manhã, sob o impacto da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), o dólar ganhou força ao longo da tarde no mercado doméstico, em sintonia com o fortalecimento da moeda americana no exterior e o avanço das taxas dos Treasuries. Declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, críticas ao Banco Central, também teriam contribuído para o novo tombo do real, segundo operadores.

Com mínima a R$ 5,3872 e máxima a R$ 5,4696, o dólar à vista fechou em alta de 0,37%, cotado a R$ 5,4619, maior valor de fechamento no governo Lula 3 e desde 22 de julho de 2022 (R$ 5,4988). Foi o quinto pregão consecutivo de valorização da divisa, que já acumula ganhos de 1,48% na semana e de 4,02% no mês. No ano, o dólar sobe 12,54%. O real apresenta em 2024 o pior desempenho entre as principais moedas globais, seguido pelo peso argentino e a lira turca.

Hoje, o dólar sobe ante euro e libra, ampliando ganhos de ontem, enquanto investidores monitoram dados de atividade (PMIs) preliminares da Europa e aguardam o mesmo indicador dos EUA. Os PMIs alemães sofreram queda inesperada na prévia de junho, pressionando o euro.

COMMODITIES

Os contratos futuros do petróleo operam dentro da neutralidade na manhã de hoje, interrompendo os ganhos de ontem, em meio à valorização do dólar, fator que reduz a atratividade da commodity.

AGENDA

03:00 – Vendas no Varejo

03:00 – Núcleo de Vendas no Varejo

04:30 – PMI Industrial

04:30 – PMI Composto

04:30 – PMI do Setor de Serviços

05:00 – PMI Industrial

05:00 – PMI Composto

05:00 – PMI do Setor de Serviços

05:30 – PMI Industrial

05:30 – PMI Composto

05:30 – PMI do Setor de Serviços

10:45 – PMI Industrial

10:45 – PMI Composto

10:45 – PMI do Setor de Serviços

11:00 – Vendas de Casas Usadas

12:00 – Relatório de Política Monetária do Fed

14:00 – Contagem de Sondas Baker Hughes