PANORAMA GLOBAL 25/06/24

A agenda do dia é esvaziada de eventos econômicos importantes, contando com o pronunciamento de algumas autoridades monetárias do Federal Reserve nos Estados Unidos e a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Copom no cenário doméstico.

 

ÁSIA E PACÍFICO

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em alta nesta terça-feira, com a do Japão favorecida pelo enfraquecimento do iene, mas as chinesas estenderam perdas recentes.

O índice japonês Nikkei subiu 0,95% impulsionado por ações de montadoras, trading companies e bancos, à medida que a recente desvalorização do iene frente ao dólar melhora a perspectiva de lucros.

Em outras partes da Ásia, o Hang Seng avançou 0,25% em Hong Kong, o sul-coreano Kospi teve ganho de 0,35% e o Taiex registrou alta de 0,27% em Taiwan.

Na China continental, por outro lado, os mercados ficaram no vermelho pelo quinto pregão consecutivo, pressionados por ações de semicondutores e hardware. O Xangai Composto caiu 0,44% e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,46%.

Já na Oceania, a bolsa australiana teve seu maior ganho diário em quase seis semanas, com destaque para o setor minerador, que reverteu parte das perdas das duas últimas semanas. O S&P/ASX 200 avançou 1,36% a 7.838,80 pontos. Os produtores de minério de ferro Fortescue, Rio Tinto e BHP garantiram altas de 1,9% a 2,1%.

 

EUROPA

As bolsas no velho continente operam em baixa na manhã desta terça-feira, acompanhando as quedas lideradas pelo setor de tecnologia em Wall Street e intensificada pelas quedas nas ações da Airbus SE. Na França, o investidor se prepara para o primeiro turno das eleições para o legislativo que foram antecipadas para domingo, 30, por decisão do presidente francês, Emmanuel Macron, após a tomada de território pelos partidos de direita nas eleições continentais.

Às 06:30, o Stoxx 600 acumulava queda de 0,22%, o inglês FTSE caia 0,03%, o alemão DAX recuava 1,05% e o francês CAC40 perdia 0,59% do valor de mercado.

 

EUA

Os índices futuros das bolsas de Nova York operam sem direção única na manhã desta terça-feira, após o desempenho misto de Wall Street ontem, com queda mais pronunciada do Nasdaq, enquanto investidores aguardam comentários de autoridades do Federal Reserve e indicadores dos EUA, incluindo uma pesquisa sobre confiança do consumidor. Às 06:37, no mercado futuro, o Dow Jones caia 0,09%, enquanto o S&P 500 subia 0,19% e o Nasdaq avançava 0,38%.

 

BRASIL

Os ativos brasileiros tiveram um início de semana de relativa descompressão, favorecidos por agenda esvaziada nesta segunda-feira e também pela trégua nos ruídos políticos. Assim, com viés de baixa nos DIs futuros, o Ibovespa subiu 1,07%, aos 122.636,96 pontos, no maior nível de fechamento desde o último dia 6. Em junho, que chega ao fim para o mercado na sexta-feira, o Ibovespa passa a acumular leve ganho de 0,44%, limitando a perda do ano a 8,61%. O giro ficou abaixo da média, em R$ 18,1 bilhões. A alta desta segunda-feira foi a quinta consecutiva para o Ibovespa.

Na ponta vencedora do Ibovespa, Magazine Luiza fechou em alta de 12,28%, após anúncio de parceria com a AliExpress, varejista chinesa do Grupo Alibaba, em sua plataforma de marketplace no Brasil. “É a primeira vez que a AliExpress (Alibaba) faz parceria com uma empresa de fora da China”, diz Pedro Marcatto, operador de renda variável da B.Side Investimentos, destacando “sinergia entre as empresas e ganho de capilaridade no mercado nacional para ambas”.

 

CÂMBIO

O dólar à vista encerrou a sessão desta segunda-feira em baixa de 0,93%, a R$ 5,3904, após ter tocado R$ 5,3767 na mínima pela manhã. Foi o segundo pregão consecutivo de queda da moeda americana no mercado local, depois de ter alcançado na quinta-feira o maior valor de fechamento desde 22 julho de 2022. O real, que tem apanhado mais que os pares recentemente, apresentou um dos melhores desempenhos entre as principais moedas globais.

Hoje, o dólar sobe ante o euro, opera perto da estabilidade frente à libra e perde terreno para o iene na madrugada desta terça-feira, enquanto investidores aguardam comentários de autoridades de grandes bancos centrais e indicadores dos EUA, incluindo uma pesquisa sobre confiança do consumidor.

 

COMMODITIES

Os contratos futuros do petróleo operam em baixa na manhã desta terça-feira, após subirem cerca de 1% ontem, em meio a preocupações com a demanda da China e riscos geopolíticos ligados aos conflitos no Oriente Médio e entre Rússia e Ucrânia. Às 06:51, o barril do petróleo WTI caía 0,56%, a US$ 81,15, e o do Brent recuava 0,45%, a US$ 84,78.

 

AGENDA

02:00 – CPI  (JAP)

08:00 – Discurso de Michelle Bowman, Membro do FOMC  (EUA)

08:00 – Ata do Copom  (BRA)

10:30 – Receita Tributária Federal  (BRA)

11:00 – Confiança do Consumidor CB   (EUA)

13:00 – Discurso de Lisa Cook, Governador do Fed   (EUA)

15:15 – Discurso de Michelle Bowman, Membro do FOMC   (EUA)

17:30 – Estoques de Petróleo Bruto Semanal API   (EUA)