A agenda desta sexta-feira fecha a semana com dados importantes para os mercados globais. Nos Estados Unidos, sai o índice de inflação medido pelo PCE, o mais relevante para a tomada de decisão do Fed, além do PMI medido pela universidade de Chicago e as expectativas econômicas medidas pela universidade de Michigan. O mercado também repercute o debate presidencial ocorrido na noite de ontem, organizado pela CNN, onde o ex-presidente Trump e o atual presidente Joe Biden discutiram sobre a trajetória da inflação, impostos e imigração. Na Europa, o investidor acompanha o PIB do Reino Unido enquanto o cenário doméstico recebe dados da balança orçamentaria e taxa de desemprego.
ÁSIA E PACÍFICO
As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta sexta-feira, em um movimento de recuperação de perdas de ontem, enquanto investidores aguardam dados da inflação dos EUA que podem influenciar a trajetória dos juros básicos americanos.
O índice japonês Nikkei subiu 0,61% com o impulso de ações de fabricantes de máquinas, trading companies e bancos, à medida que a recente fraqueza do iene melhora a perspectiva de lucros, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,49%, o Taiex registrou ganho de 0,55% em Taiwan e o honconguês Hang Seng ficou praticamente estável, com alta marginal de 0,01%.
Na China continental, os mercados também terminaram o pregão no azul, favorecidos pelo bom desempenho de ações de telecomunicações. O Xangai Composto subiu 0,73% e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,25%.
Na Oceania, a bolsa australiana teve leve alta, graças à força de ações do setor bancário. O S&P/ASX 200 avançou 0,10% em Sydney, a 7.767,50 pontos.
EUROPA
As bolsas do velho continente ensaiam uma recuperação em relação às perdas de ontem, enquanto o investidor espera pelos dados americanos (abaixo). A bolsa parisiense destoa da tranquilidade das vizinhas continentais com a aproximação das eleições legislativas no fim de semana. Mais cedo, foi divulgado o produto interno bruto (PIB) do Reino Unido, mostrando uma medição acima do esperado, em 0,7% na base mensal e 0,3% na base anual.
Às 06:00, o Stoxx 600 subia 0,28%, o inglês FTSE avançava 0,56% e o alemão DAX acumulava 0,70% ao valor de mercado. Na França, rumando para o lado oposto, o CAC40 perde 0,41%.
EUA
Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta na manhã desta sexta-feira, com o do S&P 500 chegando a tocar máxima intraday histórica após o debate entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o ex-presidente e candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, enquanto investidores aguardam pesquisa mensal sobre a inflação PCE dos EUA, assim como dados americanos sobre gastos, renda e confiança do consumidor. Também no radar hoje, está a participação de dirigentes do Federal Reserve em eventos. Às 06:52, no mercado futuro, o Dow Jones subia 0,15%, o S&P 500 avançava 0,29% e o Nasdaq tinha ganho de 0,29%.
BRASIL
Ibovespa chega ao fim de junho, acumulando até aqui seu maior ganho mensal de 2024, um tanto tímido (+1,81%), ainda assim superior ao avanço de 0,99% em fevereiro, o único mês positivo neste semestre. Com recuperação em sete das últimas oito sessões, o índice conseguiu se afastar das mínimas desde novembro passado, na casa dos 119 mil pontos, atingindo hoje os 124.307,83 pontos, em alta de 1,36%, na máxima do dia no encerramento e também o maior nível de fechamento desde 27 de maio (124.495,68).
O encerramento foi positivo para os maiores bancos, entre perda de 0,04% restrita a BB ON e ganhos que chegaram a 1,27%, para Santander Unit, também na máxima do dia no fechamento. Na ponta ganhadora do Ibovespa na sessão, Suzano (+12,18%), Petz (+9,73%) e Pão de Açúcar (+8,05%). No lado oposto, Cemig (-2,90%), Sabesp (-2,81%) e São Martinho (-1,02%), além de BTG (-0,77%).
CÂMBIO
Em dia marcado por volatilidade e trocas de sinal, o dólar à vista se firmou em baixa moderada na última hora de negócios e encerrou a sessão desta quinta-feira, em queda de 0,22%, cotado a R$ 5,5075. Na máxima, no início da tarde, a moeda havia superado R$ 5,53, com máxima a R$ 5,5390.
Hoje, a divisa americana opera perto da estabilidade ante outras moedas fortes, enquanto investidores aguardam uma série de dados econômicos dos EUA, em especial a pesquisa mensal sobre o PCE. Nas últimas horas, o iene reduziu perdas após o ministro das Finanças do Japão, Shunichi Suzuki, falar em “tomar medidas apropriadas” contra movimentos cambiais excessivos.
COMMODITIES
Os contratos futuros do petróleo operam em alta na manhã de hoje, ampliando ganhos das duas sessões anteriores, em meio a esperanças de que o Federal Reserve comece a cortar juros no segundo semestre do ano e temores de um conflito mais amplo entre Israel e o grupo militante Hezbollah. Nas próximas horas, operadores vão acompanhar pesquisa mensal sobre a inflação PCE dos EUA, que tem forte influência na trajetória dos juros básicos. Às06:47, o barril do petróleo WTI subia 0,92%, a US$ 82,32, e o do Brent avançava 0,70%, a US$ 85,97.
AGENDA
03:00 – PIB (ING)
04:55 – Taxa de Desemprego (ING)
07:00 – Discurso de Thomas Barkin, Membro do FOMC (EUA)
08:30 – Balanço Orçamentário (BRA)
08:30 – Taxa de Desemprego (BRA)
09:30 – Índice de Preços do PCE (EUA)
09:30 – Núcleo de Índice de Preços do PCE (EUA)
09:30 – Gastos Pessoais (EUA)
10:45 – PMI de Chicago (EUA)
11:00 – Expectativas de Inflação de Michigan (EUA)
11:00 – Confiança do Consumidor de Michigan (EUA)
13:00 – Discurso de Michelle Bowman, Membro do FOMC (EUA)
14:00 – Contagem de Sondas, Baker Hughes (EUA)