PANORAMA GLOBAL 10/07/24

A agenda do dia traz a segunda rodada do pronunciamento do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no Câmara americana, além de discursos de outros FedBoys. O investidor também acompanha o relatório mensal da OPEP e o semanal da Agência Internacional de Energia em relação aos estoques de petróleo e derivados nos EUA. No cenário doméstico, o mercado conhecerá o IPCA do mês de junho.

ÁSIA E PACÍFICO

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quarta-feira, com novo recorde em Tóquio e perdas na China após dados locais de inflação.

O índice japonês Nikkei subiu 0,61%, com ganhos liderados por ações financeiras em meio a apostas de que o Banco do Japão voltará a elevar juros, e o Taiex avançou 0,45%, enquanto o sul-coreano Kospi ficou praticamente estável, com alta marginal de 0,02%, e o Hang Seng caiu 0,29%.

Na China continental, o Xangai Composto recuou 0,68% e o menos abrangente Shenzhen Composto teve baixa de 0,35%. O índice de preços ao consumidor (CPI) chinês subiu 0,2% na comparação anual de junho, menos do que o esperado, enquanto os preços aos produtores (PPI) se mantiveram em queda, sinalizando demanda persistentemente fraca, apesar de esforços de Pequim para impulsionar o consumo.

Investidores na Ásia também repercutiram comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no Congresso americano.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho, pressionada por ações de mineradoras e petrolíferas. O S&P/ASX 200 caiu 0,16% em Sydney, a 7.816,80 pontos.

EUROPA

As bolsas europeias operam em alta na manhã desta quarta-feira, ensaiando recuperação de perdas geradas por incertezas políticas na França, enquanto investidores aguardam mais comentários do presidente do Federal, Jerome Powell.

Ontem, os mercados acionários da Europa caíram de forma generalizada, com uma acentuada queda de 1,8% em Paris, em meio à difícil situação política na França, após a votação nas eleições legislativas do fim de semana não dar maioria absoluta no Parlamento a nenhuma das principais facções políticas. A aliança esquerdista conquistou o maior número de assentos e exige que o presidente francês, Emmanuel Macron, escolha um de seus candidatos como novo primeiro-ministro do país.

Às 07:12, o Stoxx 600 subia 0,63%, o inglês FTSE avançava 0,60%, o alemão DAX subia 0,75% o e francês CAC40 acumulava 0,86% ao valor de mercado.

EUA

A trajetória dos juros nos EUA segue no radar. Ontem, em depoimento no Senado americano, Powell evitou dar um cronograma para a possível queda dos juros básicos, mas mostrou confiança no esfriamento do mercado de trabalho, mantendo as expectativas de que um corte das taxas ainda possa vir em setembro. Hoje, o chefe do BC dos EUA fala na Câmara.

Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em leve alta, mas com variações modestas na manhã desta quarta-feira, enquanto investidores aguardam o segundo dia de depoimento de Powell, no Congresso americano. A agenda de hoje também prevê discursos de outras duas autoridades do Fed. Às 07:00, no mercado futuro, o Dow Jones subia 0,05%, enquanto o S&P 500 avançava 0,13% e o Nasdaq subia 0,19%.

BRASIL

Atento à perspectiva de afrouxamento monetário nos Estados Unidos ainda este ano, o Ibovespa estendeu a série positiva pela sétima sessão nesta terça-feira, em que fechou em alta de 0,44%, a 127.108,22, no maior nível desde 21 de maio, então aos 127,4 mil pontos.

O dia foi de variações contidas para as ações de maior peso e liquidez. Petrobras fechou em baixa (ON -0,80% e PN -0,03%), assim como Vale (ON -0,13%). Entre os maiores bancos, o sinal foi misto no fechamento, com BB recuando -0,34% enquanto os papéis do Santander avançavam +0,75% e Itaú PN fechava na máxima da sessão, em alta de 0,70%.

CÂMBIO

Em baixa desde a abertura dos negócios, o dólar reduziu ou aumentou o ritmo de queda nesta terça-feira de acordo com o comportamento das taxas dos Treasuries. As mínimas, à tarde, quando desceu até o piso de R$ 5,4135, vieram quando o retorno da T-note de 10 anos se afastou das máximas. No fim do dia, o dólar à vista recuava 1,13%, a R$ 5,4149.

Hoje, a divisa americana opera em leve baixa ante euro e libra, mas ganha terreno frente ao iene, enquanto investidores aguardam o segundo dia de depoimento do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no Congresso americano. A agenda de hoje também traz discursos de outras autoridades do Fed, assim como do Banco Central Europeu e do Banco da Inglaterra.

COMMODITIES

Os contratos futuros de petróleo viraram para cima na sessão de hoje, ensaiando recuperação depois de acumularem perdas nas três sessões anteriores, em meio a uma leve tendência de queda do dólar ante outras moedas fortes. Nas próximas horas, investidores acompanharão o relatório mensal da OPEP sobre o mercado da commodity e a pesquisa oficial sobre os estoques de petróleo e derivados dos EUA. Às 06:45, o barril do WTI subia 0,42%, cotado a $81,85, enquanto o do Brent avançava 0,28%, a $84,90.

AGENDA

09:00 – IPCA (BRA)

11:00 – Discurso de Jerome Powell, Presidente do Fed (EUA)

11:30 – Estoques de Petróleo Bruto (EUA)

11:30 – Estoques de Petróleo em Cushing (EUA)

11:30 – Relatório Semanal da AIE (EUA)

14:00 – Leilão Americano Note a 10 anos (EUA)

15:30 – Discurso de Michelle Bowman, Membro do FOMC (EUA)

20:30 – Discurso de Lisa Cook, Governadora do Fed (EUA)