PANORAMA GLOBAL 11/07/24

A agenda desta quinta-feira traz a divulgação dos dados de inflação ao consumidor na Alemanha e nos Estados Unidos, além de números sobre o mercado de trabalho americano, com os pedidos iniciais por seguro-desemprego. Pronunciamentos de autoridades monetárias do Banco Central Americano também serão apreciadas pelos investidores.

ÁSIA E PACÍFICO

As bolsas asiáticas fecharam em alta generalizada nesta quinta-feira, com a de Tóquio atingindo nova máxima histórica, após um rali em Wall Street.

O índice japonês Nikkei subiu 0,94%, ultrapassando a barreira dos 42 mil pontos pela primeira vez depois de atingir recordes nos dois pregões anteriores, enquanto o Hang Seng avançou 2,06% em Hong Kong, o sul-coreano Kospi teve alta de 0,81% e o taiwanês Taiex registrou ganho de 1,60%, onde a ação da TSMC saltou 3,3%, refletindo desempenho semelhante do ADR listado em Nova York. Maior fabricante de semicondutores do mundo, a TSMC é fornecedora da americana Nvidia, que está no centro do frenesi em torno da tecnologia de inteligência artificial.

Na China continental, o Xangai Composto avançou 1,06% e o menos abrangente Shenzhen Composto teve alta mais expressiva, de 2,35%, favorecidos também por decisão da comissão reguladora de valores mobiliários do país, conhecida como CSRC, de reforçar controles sobre vendas a descoberto e negociações quantitativas.

Na Oceania, a bolsa australiana seguiu a onda positiva de Wall Street e da Ásia e ficou no azul, bem próxima de sua marca recorde. O S&P/ASX 200 avançou 0,93% em Sydney, a 7.889,60 pontos.

EUROPA

As bolsas do velho continente operam em alta na manhã desta quinta-feira, ampliando os ganhos do pregão anterior, à espera de novos dados de inflação nos EUA que podem influenciar na trajetória dos juros por lá.

Na Alemanha, foi confirmado que a taxa anual de inflação ao consumidor desacelerou para 2,20% em junho, abrindo o caminho para um novo corte de juros pelo BCE, cujo autoridades têm sinalizado que provavelmente farão lima pausa na próxima reunião, que ocorre dia 18.

Às 07:17, o Stoxx 600 subia 0,41%, o inglês FTSE avançava 0,38% e o alemão DAX acumulava 0,22% ao valor de mercado. Neste horário, o índice francês CAC40 obtinha a melhor performance do continente, subindo 0,45%.

EUA

Ontem, as bolsas de Nova York tiveram ganhos de mais de 1%, com novos recordes dos índices S&P 500 e Nasdaq, em meio a expectativas de que os juros básicos dos EUA começarão a ser cortados neste semestre, possivelmente a partir de setembro, ainda que o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, tenha mantido postura cautelosa em depoimentos no Congresso americano, nos últimos dois dias.

Hoje, os índices futuros das bolsas de Nova York operam em leve baixa na manhã desta quinta-feira, após Wall Street assegurar ganhos de mais de 1% no último pregão, enquanto investidores aguardam novos dados da inflação ao consumidor dos EUA, que podem influenciar as expectativas para eventuais cortes dos juros americanos neste semestre. A agenda de hoje também prevê discursos de autoridades do Federal Reserve e a pesquisa semanal dos EUA sobre pedidos de auxílio-desemprego. Às 07:10, no mercado futuro, o Dow Jones caía 0,02%, o S&P 500 recuava 0,04% e o Nasdaq tinha perda de 0,07%.

BRASIL

O Ibovespa operou colado à linha de estabilidade nesta quarta-feira, tendo oscilado apenas 840 pontos entre a mínima (126.928,28) e a máxima (127.769,25) da sessão, em que saiu de abertura aos 127.109,09 pontos. Dessa forma, reteve a linha dos 127 mil pelo segundo fechamento consecutivo, em alta de 0,09%, aos 127.218,24 pontos, mantendo-se no maior nível desde 21 de maio.

Ontem pela manhã, os números do IPCA mostraram alta de 0,21% em junho, abaixo das estimativas do Projeções Broadcast (+0,27%). Nos últimos 12 meses, o índice acumulou alta de 4,23%, perto do piso de 4,25%. O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, destacou nesta quarta-feira a “surpresa positiva” do IPCA de junho e avaliou que, aliado à possibilidade de início de corte das taxas de juros americanas em setembro, o Banco Central brasileiro teria um cenário propício para “talvez” retomar caminho de “redução sustentada” da Selic no começo de 2025.

CÂMBIO

Após romper o piso de R$ 5,40 pela manhã, em meio ao impacto da leitura benigna do IPCA de junho e à valorização de divisas emergentes latino-americanas, o dólar ganhou força ao longo da tarde, operando pontualmente em leve alta. A divisa perdeu força novamente nas últimas horas do pregão e terminou o dia cotada a R$ 5,4126 (-0,04%).

Hoje, a divisa americana opera em baixa ante outras moedas fortes, enquanto investidores aguardam novos dados da inflação ao consumidor dos EUA, que podem influenciar as expectativas para eventuais cortes dos juros americanos neste semestre.

COMMODITIES

Os contratos futuros de petróleo operam em leve baixa após o relatório mensal da Agência Internacional de Energia elevar a previsão de oferta fora da OPEP+ para 2024 e 2025 e cortar a projeção da demanda global também para os dois anos. Ontem, o relatório mensal da OPEP manteve suas projeções tanto para a oferta quanto para a demanda. Às 07:00, o barril do WTI recuava 0,18%, a $82,25 e o do Brent subia 0,26%, valendo $85,29.

AGENDA

03:00 – PIB (ING)

03:00 – Produção Industrial (ING)

03:00 – Balança Comercial (ING)

03:00 – CPI (ALE)

06:00 – Relatório Mensal da IEA (EUA)

09:30 – CPI (EUA)

09:30 – CPI Núcleo (EUA)

09:30 – Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego (EUA)

12:30 – Discurso de Raphael Bostic, Membro do FOMC (EUA)

14:00 – Leilão Americano Bond a 30 Anos (EUA)

17:30 – Fed Balance Sheet (EUA)

23:00 – Balança Comercial (CHI)

23:00 – Exportações (CHI)

23:00 – Importações (CHI)