PANORAMA GLOBAL 15/07/24

A agenda desta segunda-feira é esvaziada de indicadores econômicos, mas contempla um comunicado do presidente do banco central americano, Jerome Powell na parte da tarde, além da repercussão doa tentado ao ex-presidente Donald Trump e de olho nos balanços corporativos. Na China, o investidor acompanhou nessa madrugada os dados de produção industrial, vendas no varejo e do PIB do gigante asiático, que apresentou recuo em relação ao mês anterior. No cenário doméstico, o mercado acompanha boletim Focus e o IBC-Br.

ÁSIA E PACÍFICO

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta segunda-feira, enquanto investidores avaliavam o desempenho mais fraco do que o esperado do Produto Interno Bruto da China e monitoravam reunião de líderes do país.

Índice acionário chinês de maior peso, o Xangai Composto teve ligeira alta de 0,09%, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,83%.

No segundo trimestre, o PIB da China teve expansão anual de 4,7%, abaixo da projeção de alta de 5,1%. Apenas em junho, as vendas no varejo chinês também avançaram menos do que o esperado, mas a produção industrial cresceu mais do que se previa.

Coincidindo com a bateria de dados, que também incluíram números desanimadores do setor imobiliário, o Partido Comunista da China deu início hoje ao chamado Terceiro Plenário, reunião de quatro dias em que se esperam possíveis estímulos econômicos e sinais de políticas. No âmbito monetário, não houve novidades: o banco central chinês deixou algumas de suas principais taxas de juros inalteradas, incluindo a da linha de empréstimo de médio prazo, que segue em 2,5%.

Também no radar, está a repercussão do atentado sofrido pelo ex-presidente dos EUA Donald Trump no fim de semana, embora o impacto nos mercados financeiros tenha sido limitado. Para analistas, o ataque torna mais provável que o republicano vença a eleição de novembro contra o atual presidente americano, o democrata Joe Biden.

Em outras partes da Ásia, o Hang Seng caiu 1,52% em Hong Kong, enquanto o sul-coreano Kospi mostrou leve ganho de 0,14% e o taiwanês Taiex registrou ligeira baixa de 0,16%. No Japão, não houve negócios hoje em função de um feriado no Japão.

Na Oceania, a bolsa australiana fechou em nível recorde pelo segundo pregão seguido, em um rali liderado por ações de tecnologia. O S&P/ASX 200 avançou 0,73%, superando pela primeira vez a barreira dos 8.000 pontos.

 

EUROPA

As bolsas europeias abriram em baixa nesta segunda-feira, enquanto investidores avaliam o impacto do atentado sofrido pelo ex-presidente dos EUA Donald Trump no fim de semana e digerem dados de crescimento da China mais fracos do que o esperado. Às 07:09, o Stoxx 600 recuava 0,22%, o inglês FTSE caia 0,25%, acompanhado de perto pelo alemão DAX (-0,18%) enquanto o francês CAC40 perdia 0,41% do valor de mercado.

EUA

Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta na manhã desta segunda-feira, mantendo o tom positivo do último pregão de Wall Street, enquanto investidores aguardam uma série de balanços corporativos nos EUA esta semana, incluindo de gigantes bancários como Goldman Sachs e Bank of America e da plataforma de streaming Netflix. Investidores também avaliam o impacto do atentado sofrido pelo ex-presidente dos EUA Donald Trump no fim de semana, durante discurso na cidade de Butler, na Pensilvânia. O ataque deixou vários feridos, causou uma morte e perfurou a orelha direita de Trump. O mercado também ficará atento a comentários do presidente do Federal Reseve, Jerome Powell, na tarde de hoje. Às 06:46, no mercado futuro, o Dow Jones subia 0,43%, o S&P 500 avançava 0,39% e o Nasdaq tinha ganho de 0,43%.

BRASIL

Em paralelo à acentuação de ganhos nos índices de ações em Nova York no meio da tarde, e acompanhando a virada do dólar frente ao real, o Ibovespa flertou com os 129 mil pontos na máxima do dia, encerrando aos 128.896,98 pontos, em alta de 0,47% na sessão. Foi o quarto avanço semanal consecutivo para o índice da B3, que sobe agora 4,03% no mês, cedendo ainda 3,94% no ano. O giro desta sexta-feira ficou em R$ 17,6 bilhões na B3.

O PPI nos EUA mais forte que o esperado não foi suficiente para derrubar as bolsas. O mercado segue dando um peso maior para o dado de inflação ao consumidor, divulgado na quinta-feira, e apresentou recuo na inflação. Assim, o Ibovespa seguiu em alta, com apetite tanto do investidor local como do estrangeiro, na medida em que os ativos domésticos ainda estão depreciados na opinião da maioria dos analistas e que a inflação ao consumidor menor nos EUA mantém sobre a mesa a expectativa de início de cortes de juros por lá em setembro.

CÂMBIO

Após uma alta pela manhã em meio a ruídos políticos e fiscais, o dólar à vista perdeu força ao longo da tarde e fechou em leve queda nesta sexta-feira, alinhado ao comportamento da moeda americana no exterior. Apesar da inflação no atacado nos EUA levemente acima do esperado, cresce a expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve a partir de setembro.

Com mínima a 5,4160 e máxima R$ 5,4656, o dólar à vista terminou o pregão em baixa de 0,21%, cotado a R$ 5,4311, acumulando perda de 0,57% na semana. Em julho, a moeda americana cai 2,81%. O real tem na semana e no mês desempenho inferior aos pesos mexicano, chileno e colombiano, fato atribuído por analistas ainda ao quadro fiscal doméstico.

Hoje, o dólar sobe levemente ante outras moedas fortes, revertendo parte da queda da semana passada, enquanto investidores avaliam o impacto do atentado sofrido pelo ex-presidente dos EUA Donald Trump no fim de semana e aguardam comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na tarde de hoje. O desempenho mais fraco do que o esperado do PIB chinês no segundo trimestre também está no radar.

COMMODITIES

Os contratos futuros do petróleo operam em alta modesta na manhã desta segunda-feira, mitigando perdas da semana passada, à medida que o dólar se fortalece após o atentado sofrido pelo ex-presidente dos EUA Donald Trump no fim de semana. Operadores também avaliam dados de crescimento da China. Às 06:49, o barril do petróleo WTI subia 0,12%, a US$ 81,12, e o do Brent avançava 0,16%, a US$ 85,16.

AGENDA

Todo o dia – Feriado do Dia do Oceano (JAP)

06:00 – Produção Industrial (EUR)

08:25 – Boletim Focus (BRA)

09:00 – IBC-Br (BRA)

13:30 – Discurso de Jerome Powell, Presidente do Fed (EUA)

17:35 – Discurso de Mary Daly, Membro do FOMC (EUA)