A agenda do dia traz números de vendas no varejo nos Estados Unidos e balanços corporativos por lá, como o do gigante bancário Bank of América. Na Europa, o investidor acompanha o índice ZEW na Alemanha.
ÁSIA E PACÍFICO
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta terça-feira, após mais uma rodada de ganhos em Wall Street, embora recentes dados fracos da China tenham limitado o apetite por risco.
O índice japonês Nikkei subiu 0,20%, ao voltar de um feriado, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,18% e o taiwanês Taiex registrou alta de 0,49%.
Na China continental, o Xangai Composto teve ganho marginal de 0,08% e o menos abrangente Shenzhen Composto subiu 0,49% com investidores à espera de que o Partido Comunista chinês anuncie novos estímulos econômicos, durante reunião de quatro dias que se estenderá até quinta-feira, após a decepção com os últimos indicadores do país.
Na contramão hoje, o Hang Seng caiu 1,60% em Hong Kong ainda pressionado pela desaceleração da China. A taxa anual de crescimento da segunda maior economia do mundo diminuiu de 5,3% no primeiro trimestre para 4,7% no segundo.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho, após atingir níveis inéditos por dois pregões seguidos, sob o peso de ações de grandes mineradoras. O S&P/ASX 200 recuou 0,23% em Sydney, a 7.999,30 pontos.
EUROPA
As bolsas no velho continente operam em baixa no início da sessão de hoje, ampliando as perdas obtidas no pregão de ontem, em meio ao fraco desempenho das ações de mineradoras e do setor de itens de luxo. Em Londres, a ação da Rio Tinto tinha queda de 2,6% após cortar a projeção para a produção de cobre e relatar embarques de minério de ferro abaixo do esperado. A Hugo Boss tombava quase 10% na bolsa de Frankfurt após reduzir as expectativas de vendas para o restante de 2024.
Investidores na Europa também digerem indicadores locais, como o índice ZEW de expectativas econômicas na Alemanha e a balança comercial da zona do euro. O investidor europeu ainda ficará de olho nos balanços bancários americanos e os números de vendas no varejo.
As 06:39, o Stoxx 600 recuava 0,39%, o inglês FTSE caia 0,16%, o alemão DAX recuava 0,50% e o francês CAC40 perdia 0,68% do valor de mercado.
EUA
Ontem, as bolsas de Nova York encerraram os negócios em alta, com recorde do índice Dow Jones, após mais indicações de que o Federal Reserve está se aproximando de começar a cortar juros e a avaliação de que o ex-presidente dos EUA Donald Trump tem maiores chances de ganhar a eleição de novembro após o atentado que sofreu no fim de semana. A visão é de que um novo governo Trump tenderia a adotar mais incentivos fiscais.
Hoje, os índices futuros das bolsas de Nova York operam perto da estabilidade, enquanto investidores aguardam dados de vendas no varejo dos EUA e mais balanços corporativos, incluindo dos gigantes bancários Bank of America e Morgan Stanley. Às 06:19, no mercado futuro, o Dow Jones subia 0,03%, o S&P 500 recuava 0,04% e o Nasdaq tinha perda de 0,12%.
BRASIL
O Ibovespa manteve a série positiva, em alta pela 11ª sessão consecutiva nesta segunda-feira, aos 129.320,96 pontos (+0,33%), mesmo na contracorrente do dólar e da curva de juros doméstica. Em julho, o índice acumula ganho de 4,37%, limitando a perda do ano a 3,63%.
O bom desempenho de Petrobras ao longo da tarde, embora um pouco acomodado no fechamento (ON +1,42%, PN +0,92%), e acompanhado de longe por Vale (ON +0,11%), foi decisivo para que o Ibovespa estendesse a série vitoriosa iniciada em 1º de julho, em sessão majoritariamente negativa para as ações de grandes bancos, à exceção de Itaú (PN +0,39%) e de Banco do Brasil (ON +0,45%). Na ponta ganhadora do Ibovespa, destaque para Eztec (+3,84%), Suzano (+3,63%) e Petz (+3,41%). No lado negativo, Hypera (-1,93%), Dexco (-1,81%) e Energisa (-1,79%).
CÂMBIO
O dólar encerrou a sessão desta segunda-feira em alta moderada, perto do nível de R$ 5,45, alinhado ao avanço da moeda americana no exterior. O aumento das apostas na vitória do ex-presidente Donald Trump na corrida presidencial após o atentando ao candidato republicano no último sábado embaralhou as expectativas para o futuro da economia dos Estados Unidos. Por ora, a perspectiva de piora fiscal em eventual governo Trump, adepto da política de corte de impostos, joga os juros longos para cima, o que castiga divisas emergentes.
Com mínima a R$ 5,4315, a moeda encerrou o pregão cotada a R$ 5,4446, em alta de 0,25%. Em julho, o dólar ainda acumula desvalorização forte, de 2,57%. A liquidez foi reduzida, o que sugere ausência de apostas contundentes ou mudanças relevantes de posições dos investidores. Principal termômetro do apetite por negócios, o dólar futuro para agosto movimentou menos de US$ 8 bilhões.
Hoje, dólar sobe ante outras moedas fortes, principalmente frente ao iene, ampliando ganhos de ontem, enquanto investidores aguardam dados da Europa e dos EUA.
COMMODITIES
Os contratos futuros do petróleo operam em baixa na manhã desta terça-feira, ampliando perdas de ontem, em meio à valorização do dólar e preocupações sobre a desaceleração econômica da China. Às 06:22, o barril do petróleo WTI caía 0,93%, a US$ 81,20, e o do Brent recuava 0,84%, a US$ 84,14.
O minério de ferro experimentou mais uma janela de verificação negativa, com recuo de 0,96%, cotado a 824 yuanes, com a commodity refletindo a fragilidade da demanda chinesa.
AGENDA
06:00 – Percepção Econômica ZEW
09:30 – Vendas no Varejo
09:30 – Núcleo de Vendas no Varejo
17:30 – Estoques de Petróleo Bruto Semanal API