A agenda do dia é esvaziada de eventos econômicos importantes, em semana que reserva acontecimentos importantes. O mercado acompanhará a decisão de política monetária dos Bancos Centrais da Inglaterra, Japão e Estados Unidos, além de dados sobre o mercado de trabalho americano e balanços corporativos.
ÁSIA E PACÍFICO
Os mercados da Ásia subiram nesta segunda-feira, no embalo da performance em Wall Street, após o relatório de inflação dos EUA na sexta-feira aumentaram as esperanças de um corte na taxa de juros.
O índice de preços de despesas de consumo pessoal dos EUA de junho subiu 0,1% no mês a mês e 2,5% em comparação ao mesmo período do ano passado, em linha com estimativas de economistas consultados pela Dow Jones e abaixo da medição do mês anterior.
O índice japonês Nikkei 225 quebrou uma sequência de oito dias de perdas para subir 2,29%, enquanto o Topix, mais abrangente, avançou 2,23%. O iene japonês se fortaleceu 0,31% em relação ao dólar para ser negociado a 153,26.
Fabricante de automóveis Mitsubishi Motors foi um dos maiores ganhadores no Japão, subindo mais de 5% depois que o Nikkei Ásia informou que a empresa se juntará à aliança Honda-Nissan para padronizar o software dos veículos.
No restante do continente, o Xangai Composto avançou levemente, com alta de 0,03%, enquanto o honconguês Hang Seng acumulou 1,28% ao valor de mercado. O sul-coreano Kospi também acompanhou o bom humor dos pares e subiu 1,30%.
O investidor fica de olho a decisão de política monetária pelo Banco Central do Japão, além de outros dados importantes sobre inflação na região que incluem os dados do PMI de julho da China.
EUROPA
As bolsas do velho continente iniciam a semana majoritariamente em alta, mas com pouca volatilidade, enquanto os investidores aguardam pelos acontecimentos da semana. Decisões de política monetária dos EUA, Inglaterra e Japão ficam no radar, além dos balanços corporativos que continuam intensos no continente e nos Estados Unidos.
Às 06:17, o Stoxx 600 avançava 0,19%, o inglês FTSE tinha a melhor performance do continente subindo 0,79% e o alemão DAX acumulava 0,07% ao valor de mercado.
EUA
Os mercados futuros americanos amanhecem no campo positivo, mas dentro de uma estabilidade, enquanto o investidor aguarda por dados importantes sobre o mercado de trabalho no país, JOLTs, ADP e Payroll, além da decisão de política monetária pelo Federal Reserve. É unanime no mercado que a taxa de juros será mantida na reunião de quarta-feira, mas o investidor tenta pescar dicas sobre uma possível redução na taxa básica em setembro.
No mundo corporativo, os balanços se intensificam, trazendo essa semana os dados de Microsoft, Apple, Amazon, dentre outros.
Às 06:21, o S&P500 avançava 0,18%, o Nasdaq Composto subia 0,37% e o Dow Jones acumulava 0,11% ao valor de mercado.
BRASIL
O Ibovespa fechou em alta no último pregão da semana passada, acompanhando as Bolsas americanas que subiram após a publicação do índice de preços de gastos com consumo de junho. A principal referência da B3 terminou o dia em valorização de 1,22%, aos 127.492,49 pontos, após oscilar entre máxima aos 127.699,91 pontos e mínima aos 125.953,28 pontos.
Diante do bom humor no exterior, a Bolsa brasileira conseguiu se sair bem, contando ainda com o suporte das ações da Vale (VALE3), após a divulgação do balanço do segundo trimestre da empresa. No período, a mineradora reportou um lucro líquido de US$ 2,769 bilhões, alta de 210% ante igual intervalo de 2023.
Entre os principais destaques positivos do Ibovespa, estiveram as ações da JBS, depois de o JPMorgan elevar a recomendação da empresa para compra. No mesmo setor, Marfrig, Minerva e BRF acompanharam a alta da empresa.
Do lado oposto os papéis da Usiminas desabaram mais de 2% e registraram a principal baixa do índice nesta sexta-feira. O movimento reflete a frustração dos investidores com o balanço do segundo trimestre da empresa. No período, a companhia reportou prejuízo líquido de R$ 100 milhões, revertendo assim o lucro de R$ 287 milhões apurado no mesmo período de 2023 e o lucro de R$ 36 milhões registrado no primeiro trimestre do ano.
CÂMBIO
O dólar fechou esta sexta-feira com leve alta após começar o dia em baixa. A divisa americana encerrou o dia negociada a R$ 5,660, um avanço de 0,21%. Mais cedo, o câmbio chegou a custar R$ 5,67.
Os investidores repercutem o rombo de R$ 38,8 bilhões registrado nas contas do governo. O déficit ocorre quando a arrecadação de tributos e impostos fica abaixo do gasto do período. O resultado foi negativo mesmo com a arrecadação recorde para o mês de junho.
COMMODITIES
Os contratos futuros de petróleo operam no campo positivo na manhã desta segunda-feira, com aumento de temores por um conflito mais amplo no Oriente Médio, após ataque de foguetes efetuado pelo Hezbollah às Colinas de Golã, ocupadas por Israel. Às 06:29, o barril do WTI era negociado a 76,92, ala de 0,63%.
O minério de ferro experimentou uma janela de verificação de leve alta em Dalian, subindo 0,06ª% e valendo 780,5 yuanes, após sequência de perdas que colocou o preço da commodity abaixo dos 800 yuanes.
AGENDA
08:25 – Boletim Focus (BRA)
08:30 – IGP-M (BRA)
08:30 – Balanço Orçamentário (BRA)