A agenda do dia conta com dados referentes a moradias nos Estados Unidos, importante setor de influência para os índices de inflação por lá, além dos índices de confiança medidos pela Universidade de Michigan. No cenário doméstico, saem o IGP-10 e o IBC-Br.
ÁSIA E PACÍFICO
As bolsas asiáticas fecharam o último pregão da semana em forte alta, no embalo das boas notícias vindas de Wall Street e refletindo o setor corporativo local. Liderando os ganhos no continente, o japonês Nikkei 225 avançou 3,88% ajudado por um iene mais fraco, que favorece os exportadores. Na China, a performance foi abaixo dos vizinhos continentais, com o Xangai Composto subindo 0,07%, ainda pairando no país a evidente fragilidade da economia local. O número de empréstimos bancários no país atingiu o nível mais baixo em 15 anos, concedendo 260 bilhões de yuanes, bem abaixo dos esperados 50 bilhões.
No restante do continente, a sexta-feira foi de otimismo, com o sul-coreano Kospi avançando 2% e o honconguês Hang Seng acumulando 1,88% ao valor de mercado.
EUROPA
As bolsas no velho continente caminham para fechar a melhor semana desde maio deste ano. O Stoxx 600 acumula alta de 0,47% no início da sessão de hoje, às 06:05, ajudado pelas ações da Bayer, que acumulam 7% de alta após vitória em um caso de litígio. Na Alemanha, o índice DAX sobe 0,67%, acompanhado de perto pelo espanhol IBEX (+0,45%), enquanto o francês CAC 40 acumula 0,32% ao valor de mercado. O inglês FTSE opera na contramão dos vizinhos continentais no horário mencionado acima, com queda de 0,19%, enquanto o investidor digere dados de vendas no varejo do país.
EUA
Os futuros americanos operam em leve alta no início desta sexta-feira, estendendo os robustos ganhos obtidos no pregão de ontem, após dados de inflação ao consumidor e pedidos iniciais por seguro-desemprego indicarem que a maior economia do mundo passará por um pouso suave, com uma inflação controlada e uma economia resiliente. Depois do sell off impulsionado pelo medo de resseção nos Estados Unidos, que levou as bolsas a quedas semanais próximas 10%, o mercado caminha para fechar a melhor semana desde novembro passado.
Às 06:32, o S&P500 avançava 0,09%, o Nasdaq Composto subia 0,30% e o Dow Jones acumulava 0,08% ao valor de mercado. O índice de small caps, Russel 2000, que se beneficia de uma queda nas taxas de juros, também performa bem na semana e hoje sobe 0,28%.
BRASIL
A bolsa de São Paulo fechou o pregão desta quinta-feira em alta, com o índice Bovespa subindo 0,63%, aos 134.153,42 pontos e com volume negociado de R$ 27,3 bilhões. O pregão é o oitavo seguido em que o principal índice de ações da B3 termina no campo positivo. Com a escalada dos últimos dias, o Ibov se aproxima da máxima histórica de fechamento: 134.193,72 pontos, registrada em dezembro do ano passado.
Ontem, o principal destaque do Ibovespa foi a IRB (IRBR3), cujas ações saltaram 30,35%, na esteira de números positivos no 2º trimestre. Já na ponta negativa, a maior baixa do dia foi registrada pela Petz (PETZ3). Os papéis da varejista cederam 9,69%, após um balanço pior do que o esperado.
No cenário político, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciou o adiamento da votação do projeto de desoneração para a próxima terça-feira, 20. O relator do PL, senador Jacques Wagner, disse que apresenta nova versão do texto na segunda-feira,19. Há dois pontos polêmicos na proposta: a obrigação de empresas a firmarem termo se comprometendo a manter o mesmo número de empregados e o aumento de 15% para 20% na cobrança de Imposto de Renda de Juros sobre Capital Próprio.
Operadores também citaram reportagem exclusiva do Broadcast com a informação de que a Receita Federal conseguiu até o momento a adesão de 17 contribuintes às condições especiais de pagamento introduzidas na lei do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf). O órgão estima arrecadar R$ 87 milhões com esses acordos. As cifras estão muito aquém da estimativa do ministério da Fazenda, que espera um número maior de adesões para ampliar as receitas e atingir as metas fiscais.
CÂMBIO
O dólar fechou em alta de 0,27%, cotado a R$ 5,483 nesta quinta-feira, com os investidores reagindo aos resultados da temporada de balanços no Brasil e nos Estados Unidos, enquanto avaliam os indicadores econômicos norte-americanos, como as vendas no varejo e os pedidos de seguro-desemprego.
Segundo operadores, o tropeço do real está ligado a ajustes típicos após uma temporada de forte apreciação e à recomposição parcial de posições defensivas, estimulada pelo aumento dos ruídos políticos locais.
COMMODITIES
Os contratos futuros de petróleo operam em baixa na manhã desta sexta, mas caminham para encerrar a semana no positivo. Uma perspectiva de aumento de demanda nos EUA ajuda a manter o preço do óleo mais alto, bem como o risco de um aumento das tensões no Oriente Médio. Fazendo o contrapeso, a baixa demanda chinesa e a atualização negativa na perspectiva de demanda da commodity pela OPEP, ajudam na parte vendedora. Às 06:47, o barril do WTI recuava 1,62% e o do Brent caia 1,31%, valendo $76,91 e $79,98, respectivamente.
AGENDA
03:00 – Vendas no Varejo (ING)
03:00 – Núcleo de Vendas no Varejo (ING)
08:00 – IGP-10 (BRA)
09:00 – IBC-Br (BRA)
09:30 – Licenças de Construção (EUA)
09:30 – Construção de Casas Novas (EUA)
11:00 – Expectativas de Inflação de Michigan (EUA)
11:00 – Confiança do Consumidor de Michigan (EUA)
14:00 – Contagem de Sondas Baker Hughes (EUA)