A agenda do dia é esvaziada de eventos econômicos importantes, com o foco da semana no balanço da Nvidia, na quarta-feira, e o índice de inflação PCE na sexta. O mercado também fica em alerta em relação ao aumento de tensões no Oriente Médio.
ÁSIA E PACÍFICO
Os mercados asiáticos fecharam o primeiro pregão da semana majoritariamente no positivo, após a sinalização de Jerome Powell sobre cortes nos juros americanos em setembro. Por sua vez, o governo chinês optou por manter a taxa básica de juros de um ano inalterada, após ter cortado 20 pontos-base em julho, reforçando a abordagem cautelosa de Pequim em apoiar a economia, mesmo com a crescente contração nos empréstimos bancários em meio à fraca demanda. O índice chinês Shangai Composto experimentou alta de 0,20%, o honconguês Hang Seng subiu 1,06% e o japonês Nikkei 225 recuou 0,94%. Já o sul-coreano Kospi foi na contramão do continente, recuando 0,14%
EUROPA
As bolsas no velho continente operam sem direção consensual neste primeiro pregão da semana, com pouca amplitude de movimentação e liquidez reduzida devido ao feriado no Reino Unido, que mantém as bolsas fechadas por lá durante todo o dia. Às 06:29, o Euro Stoxx 50 recuava 0,08%, o alemão DAX caia 0,24% e o francês CAC 40 avançava 0,15%.
EUA
Durante o simpósio de Jackson Hole, na sexta-feira, o presidente do banco central americano confirmou as expectativas de mercado sobre o início do corte de juros ao comentar que “chegou a hora” de flexibilizar a política monetária. A perspectiva de corte impulsionou os principais índices americanos para altas acima de 1%. Hoje, os futuros amanhecem trabalhando no campo positivo, à espera de acontecimentos importantes da semana, que incluem o balanço da Nvidia e o índice de inflação PCE. Às 06:50, o S&P500 avançava 0,18%, o Nasdaq Composto subia 0,27% e o Dow Jones operava no zero a zero.
BRASIL
O índice Bovespa fechou o último pregão da semana em alta de 0,32%, cotado a 135.608 pontos, no embalo do entusiasmo gerado após o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, durante o simpósio de Jackson Hole. Os ganhos foram liderados pelas ações de empresas ligadas ao consumo doméstico, como Lojas Renner e Cogna. Na ponta negativa, o destaque ficou para os papéis de frigoríficos, com JBS recuando 3,81% e a BRF perdendo 2,02% do valor de mercado. Hoje, o investidor calibra as expectativas com o Boletim Focus e acompanha os dados sobre investimentos estrangeiros.
CÂMBIO
O dólar fechou a semana experimentando forte queda nesta sexta-feira, recuando 1,99%, cotado a R$5,479, com o efeito Powell. O sentimento foi generalizado tanto entre as principais moedas do mundo que compõem o DXY, que ficou abaixo dos 101 mil pontos, quanto entre aos emergentes. Hoje, o dólar experimenta leve correção e sobe levemente frente às demais divisas, com o DXY avançando 0,08% por volta das 07:10.
COMMODITIES
Os contratos futuros de petróleo operam no campo positivo, com altas significativas já no início do pregão, com o aumento das tensões no Oriente Médio, após o ataque de Israel no sul do Líbano, contra instalações do grupo terrorista Hezbollah, com intuito de prevenir retaliações anunciadas pelo Irã, após o assassinato de seu chefe militar em bombardeio israelense no mês passado. Ontem, 100 aviões sobrevoaram o Líbano e destruíram milhares de lançadores de foguetes que miravam alvos no norte e centro de Israel. Após o ataque o governo israelense declarou estado de emergência por 48h. Às 06:56, o barril do petróleo WTI subia 1,02%, cotado a $75,59, enquanto o do Brent era negociado a $78,81, alta de 0,84%.
AGENDA
Todo o Dia – Feriado Bancário (ING)
08:25 – Boletim Focus (BRA)
08:30 – Investimento Estrangeiro Direto (EUA)
09:30 – Pedidos de Bens Duráveis (EUA)