Fechando a semana, a agenda do dia traz o índice de preços medidos pelo PCE nos Estados Unidos, principal indicador de inflação para as análises do Federal Reserve, além das expectativas de inflação medidas pela Universidade de Michigan. No cenário doméstico, o investidor acompanha a criação de empregos divulgadas pelo CAGED e o IGP-M.
ÁSIA e OCEANIA
Os mercados asiáticos fecharam o último pregão da semana em alta, no embalo dos estímulos criados e prometidos pelo governo Chinês, na recente demonstração de esforço para ajudar a segunda maior economia do mundo a atingir a meta de crescimento de 5%. O Xangai Composto fechou em alta de 2,82% enquanto o honconguês Hang Seng acumulou 3,55%.
No Japão, a votação para eleger o líder do partido governante do país resultou na vitória de Shigeru Ishiba, que atuou em diversos cargos importantes no país, e que é visto como apoiador de uma política monetária contracionista, enquanto seu oponente considerava “estúpido” o aumento de taxas. O índice japonês Nikkei 225 fechou em alta de 2,05%.
EUROPA
No velho continente, os mercados operam em leve alta, refletindo o desempenho asiático, enquanto o investidor aguarda por dados de inflação nos Estados Unidos. Às 05:50, o Euro Stoxx caminhava para seu melhor fechamento semanal desde agosto e acumulava alta de 0,18%, o inglês FTSE subia 0,34% e o alemão DAX adicionava 0,53% ao valor de mercado.
EUA
Os futuros americanos operam em leve baixa neste último pregão da semana, após consecutivos pregões positivos empurrarem o S&P500 para a máxima histórica. Hoje, o investidor aguarda os dados de inflação medidos pelo PCE, indicador preferido do Federal Reserve para análise de preços no país, buscando calibrar as apostas para o tamanho da continuidade dos cortes de juros na principal economia do mundo. Às 05:56, o S&P500 recuava 0,11%, o Nasdaq Composto caia 0,27% e o Dow Jones perdia 0,04% do valor de mercado.
BRASIL
O índice Bovespa encerrou o pregão desta quinta-feira com alta de 1,08%, aos 133.010 pontos, surfando na promessa chinesa de incentivo robusto à economia do país, após o governo sinalizar para uma injeção de até 1 trilhão de yuanes nos bancos estatais, medida que não era tomada desde a crise financeira global de 2008. Com isso, as commodities operaram em alta, principalmente as metálicas, com destaque para os papéis da Vale, que subiu 6,09%, negociada a R$64,25. Na ponta negativa, o destaque ficou por conta da Petrobrás, que recuaram por volta de 2%, refletindo a robusta queda do petróleo (abaixo). Hoje, o investidor fica atento aos dados de criação de empregos pelo CAGED e o IGP-M.
CÂMBIO
A nova rodada de estímulos na China trouxe fluxo de capital estrangeiro para a bolsa brasileira, ajudando a fortalecer o real frente a divisa americana e retomar a trajetória alta. O dólar fechou o pregão desta quinta-feira com recuo de 0,57%, negociado a R$5,444, enquanto o contrato futuro para outubro perdeu 0,58% do valor de mercado, cotado a R$5,445.
No exterior, a cesta das principais moedas globais representadas pelo DXY subia 0,35%, com destaque para o Euro, que avançava 0,40% e a libra, que adicionava 0,71% ao valor de mercado.
COMMODITIES
Os contratos futuros de petróleo operam em alta na manhã desta sexta-feira, após quedas robustas na sessão anterior, quando o WTI chegou a 4% de recuo durante a parte da manhã. Notícias sobre aumento de produção da Líbia e da Arábia Saudita aumentam a perspectiva de oferta da commodity, empurrando o preço para baixo. Ao fim do pregão, o contrato do Brent para dezembro recuava 2,48%, cotado a $71,09, enquanto o WTI para novembro perdia 2,90% do valor de mercado, aos $67,67 o barril.
O minério de ferro segue o viés positivo gerado pelos estímulos chineses e acumulou 4,38% de alta na última janela de verificação em Dalian, cotado a 750 yuanes.
O ouro também vem em uma sequência de altas consecutivas, motivadas não só pelos estímulos chineses, mas também pelos cortes de juros nos Estados Unidos, motivando a diversificação dos ativos de proteção, como também pelo aumento das tensões geopolíticas globais. Com o somatório destes fatores, o ouro subiu 0,31%, cotado a $2.694,90 a onça-troy, renovando máximas históricas.
AGENDA
04:55 – Taxa de Desemprego (ALE)
09:00 – Taxa de Desemprego (BRA)
09:30 – Índice de Preços do PCE (EUA)
09:30 – Núcleo do Índice de Preços do PCE (EUA)
09:30 – Gastos Pessoais (EUA)
09:30 – Renda Pessoal (EUA)
11:00 – Expectativas de Inflação de Michigan (EUA)
11:00 – Confiança do Consumidor de Michigan (EUA)
14:15 – Discurso de Michelle Bowman, Membro do FOMC (EUA)