PANORAMA GLOBAL 11/10/24

Para encerrar a semana, a agenda do dia traz os dados de inflação ao produtor nos Estados Unidos e a confiança do consumidor medidos pela Universidade de Michigan. Além disso, o mercado aguarda pelo pronunciamento do Ministro de Finanças chinês no sábado, à espera de novos incentivos vindos da segunda maior economia do mundo.

 

ÁSIA E PACÍFICO

Os mercados asiáticos fecharam o último pregão da semana no campo negativo, com o índice chinês Xangai Composto se destacando ao cair 2,58%, evidenciando as dúvidas e expectativas para a coletiva de imprensa do Ministro de Finanças do país, que acontece amanhã. O mercado aguarda por um movimento eficaz por parte de Pequim para estimular a economia do país em busca da meta de crescimento de 5% ainda em 2024, o que passaria por um montante em torno de 2 trilhões de yuanes. No Japão, os movimentos foram mais comedidos com o Nikkei 225 subindo 0,42% enquanto o Topix recuava 0,25%. Na Coreia do Sul, o índice Kospi fechou a sessão próximo da estabilidade, com recuo de 0,09%. As bolsas em Hong Kong ficaram fechadas devido a um feriado no país.

 

EUROPA

As bolsas no velho continente optaram pela cautela neste último pregão da semana, olhando tanto para a inflação ao consumidor mais forte que o esperado nos Estados Unidos, quanto para os estímulos chineses que podem acontecer no fim de semana. Com isso, a volatilidade e a amplitude de movimentação nos índices europeus seguem baixos nesta sexta-feira, com o Euro Stoxx 50 avançando 0,03%, o inglês FTSE caindo 0,16% e o alemão DAX acumulando alta de 0,15%.

Na França, onde o investidor digere os números do orçamento para 2025, com propostas de redução de gastos e aumentos de impostos para empresas, ricos e o setor de energia, o índice CAC40 pouco se moveu, subindo 0,08%. As cotações acima refletem o mercado às 06:43.

 

EUA

Os futuros americanos operam em leve queda no dia de hoje, depois de fechar próximo a neutralidade na quinta-feira, com o mercado analisando os dados de inflação ao consumidor, que vieram acima do esperado pelo mercado e colocando em dúvida a intensidade e a continuidade do ciclo de cortes nas taxas de juros americanas. As ações de tecnologia, que têm protagonizado as maiores movimentações dos índices americanos, fecharam o pregão sem direção consensual, com destaques para a Nvidia, que avançou 1,63% e, na ponta oposta, as ações da Meta, que recuaram 1,13%.

Hoje, o investidor espera por dados de inflação ao produtor, enquanto assiste o contrato futuro do S&P500 recuar 0,21% e o Nasdaq Composto ceder 0,30%, às 06:49.

 

BRASIL

O Ibovespa experimentou uma sessão positiva nesta quinta-feira, com valorização de 0,30%, fechando aos 130.252 pontos, ajudado pelos papeis da Petrobrás, que saltaram 1,67% (ON) e 1,16% (PN), acompanhando o ritmo da cotação do petróleo no exterior, que precificou a escalada do conflito no Oriente Médio, com notícias de que o plano para a resposta israelense seria traçado na própria quinta. A curva de juros segue pressionada com as apostas para uma alta mais intensa da Selic em novembro, de 0,75pp, ganhando força. O clima tenso no exterior, com inflação dos EUA se fortalecendo, e o quadro fiscal expansionista por aqui, não permitem que a cautela se afaste.

 

CÂMBIO

O dólar fechou o pregão estável, valendo R$5,5870, equilibrando a alta do petróleo, que valoriza o real, e a chance de uma pausa na política expansionista do Fed e o cenário doméstico fiscal, que fortalecem a divisa americana.

Hoje, o dólar opera estável frente às principais moedas do mundo, com leve recuo de 0,09%, e com cenário misto frente aos emergentes, subindo 0,42% ante a divisa turca e recuando 0,24% contra o dólar australiano.

 

COMMODITIES

Os contratos futuros de petróleo operam em queda moderada na manhã de hoje, corrigindo parte da alta obtida na sessão de ontem, enquanto o mercado aguarda por dados de inflação ao produtor nos Estados Unidos e a resposta de Israel ao ataque com mísseis do Irã. Às 06:57, o barril do West Texas Intermediate (WTI) recuava 0,75%, valendo $75,27, enquanto o Brent, principal referência para a Petrobrás, recuava 0,79%, negociado a $78,77.

O minério de ferro experimentou um respiro após sequência de quedas recente e fechou a última janela de verificação em Dalian com alta de 1,15%, valendo 789 yuanes.

 

AGENDA

03:00 – PIB (ING)

03:00 – Produção Industrial (ING)

03:00 – CPI (ALE)

09:30 – PPI (EUA)

09:30 – Núcleo do PPI (EUA)

11:00 – Expectativas de Inflação de Michigan (EUA)

11:00 – Confiança do Consumidor de Michigan (EUA)

11:45 – Discurso de Lorie Logan, Membro do Fed (EUA)

14:10 – Discurso de Michelle Bowman, Membro do FOMC (EUA)