A agenda do dia traz eventos econômicos importantes com uma rodada de PMIs na Europa e Estados Unidos, além de dados relativos ao mercado de trabalho americano, mas o investidor segue colocando em primeiro plano para esta semana os balanços corporativos. No cenário interno, sai o IPCA-15.
ÁSIA E PACÍFICO
Os mercados asiáticos fecharam o pregão desta quinta-feira majoritariamente em queda, com dúvidas sobre a verdadeira condição da China em impulsionar sua economia rumo à meta de crescimento de 5%. O índice Xangai Composto encerrou o dia recuando 0,69%, enquanto o honconguês Hang Seng perdeu 1,30% do valor de mercado.
No Japão, o índice Nikkei 225 foi na contramão do continente e fechou com avanço de 0,32%, sustentado pelo setor industrial. Já na Coreia do Sul, o índice Kospi acompanhou o mau humor local e entregou 0,58% do valor de mercado.
EUROPA
As bolsas no velho continente operam em alta moderada na sessão de hoje sustentadas pelos balanços corporativos, que seguem animadores. Hoje, cerca de 10% das empresas do índice Stoxx 600 irão apresentar seus resultados, incluindo diversas blue chips.
Sustentando parte do otimismo no continente, as ações do banco inglês Barclays atingiram seu maior nível em nove anos após o balanço apresentar um aumento de 5% na receita total, mostrando que os executivos estão cumprindo as promessas ambiciosas que fizeram no início do ano. Os papeis da Hermes, empresa de artigos de luxo francesa e da Unilever, varejista inglesa, também estão colaborando para a alta dos índices.
Às 06:49, o Euro Stoxx 50 avançava 0,64%, o inglês FTSE subia 0,59% e o alemão DAX acumulava 0,43$ ao valor de mercado. Seguindo o clima auspicioso, o índice francês CAC40 acumula +0,63% de alta enquanto o italiano FTSE MIB avança 0,51%.
EUA
Os mercados futuros americanos operam no campo positivo na manhã de hoje após movimento negativo no dia de ontem, impulsionado pelo avanço no rendimento dos Treasures e alguns balanços corporativos. Hoje, o clima é positivo após um balanço explosivo da Tesla, com previsões de aumento de 30% nas vendas de veículos para 2025, o que impulsiona as ações da empresa para uma alta de 11% no pré mercado. Além disso, o investidor irá acompanhar o índice de gerente de compras (PMI) que será divulgado pela manhã, bem como a atualização semanal dos pedidos por seguro-desemprego. Às 06:57, o futuro do S&P500 subia 0,34% e o do Nasdaq Composto avançava 0,48%.
BRASIL
A bolsa de São Paulo fechou em queda pelo quinto pregão consecutivo, perdendo 0,55% do valor de mercado, aos 129.233 pontos, queda motivada pelo recuo das commodities no exterior e a aceleração da curva de juros, que chegou a bater nos 13% para alguns vencimentos, motivada pela incerteza fiscal devido à resistência do governo com corte nos gastos, as mensagens passadas pelo presidente de BC, Roberto Campos Neto e o diretor, Paulo Picchetti, afirmando que há razões claras para começar um ciclo de alta na taxa Selic, contratando um aperto em novembro.
Na seara política, após comemorar a revisão do crescimento do PIB brasileiro pelo FMI de 2,1% para 3%, ontem o ministro Fernando Haddad rejeita a previsão do Fundo sobre aumento da dívida para 92% do PIB em 2025. “Eu não acredito nesta trajetória… do mesmo jeito quie eles revisaram a projeção do PIB, que estava errada, nós temos que cuidar para que essas profecias não se realizem…” disse o ministro. Haddad reforçou o compromisso do governo com o fiscal, mas não quis dar detalhes sobre a agenda de revisão de gastos.
CÂMBIO
O dólar se manteve próximo ao zero a zero no pregão desta quarta-feira, com a entrada de fluxo externo compensando o pessimismo fiscal, com promessas de taxas de juros mais atrativas para o carry trade. A divisa americana encerrou o pregão em leve queda, de 0,08%, cotada a R$5,6928.
COMMODITIES
Após recuo na sessão de ontem com o avanço nos estoques americanos, os contratos futuros de petróleo amanhecem no campo positivo, com temores sobre os conflitos no Oriente Médio voltando à tona, devido a falta de novidades sobre o cessar-fogo negociado por Biden. Às 07:20, o barril do WTI era negociado a $72,27, alta de 2,12%, enquanto o do Brent valia $76,47, alta de 2,01%.
O minério de ferro se mantem estável na semana, fechando a última janela de verificação em Dalian com queda leve de 0,26%, valendo 755 yuanes.
Após algum recuo ontem em movimento de realização de lucros, visto os patamares históricos atingidos, o ouro volta a subir no pregão de hoje sustentando a aversão ao risco e a procura pelo metal precioso, comum em véspera de eleições presidenciais nos Estados Unidos, além das tensões geopolíticas. No horário mencionado acima, a onça troy era negociada a $2.749.
AGENDA
04:30 – PMI Composto (ALE)
04:30 – PMI Industrial (ALE)
04:30 – PMI do Setor de Serviços (ALE)
05:00 – PMI Composto (EUR)
05:00 – PMI Industrial (EUR)
05:00 – PMI do Setor de Serviços (EUR)
05:30 – PMI Composto (ING)
05:30 – PMI Industrial (ING)
05:30 – PMI do Setor de Serviços (ING)
08:00 – IPCA-15 (BRA)
09:30 – Licenças Para Construção (EUA)
09:30 – Pedidos Iniciais Por Seguro-Desemprego (EUA)
10:45 – PMI Composto (EUA)
10:45 – PMI Industrial (EUA)
10:45 – PMI do Setor de Serviços (EUA)
11:00 – Vendas de Casas Novas (EUA)
20:30 – CPI (JAP)
20:30 – CPI Núcleo (JAP)