A agenda da sexta-feira não traz eventos econômicos relevantes e o mercado segue atento às repercussões dos balanços corporativos. Ganha força no cenário, a corrida eleitoral pela presidência da maior economia do mundo, cuja votação acontece no próximo dia 05 entre Kamala Harris e Donald Trump.
ÁSIA E PACÍFICO
Os mercados asiáticos fecharam o último pregão da semana sem direção consensual. Na China, o índice Xangai Composto avançou 0,64%, acompanhado de perto pelo honconguês Hang Seng, no embalo de Wall Street no pregão de ontem. Apesar da alta, comentários não tão otimistas sobre a economia chinesa vieram da reunião anual do FMI. É consenso entre os líderes globais que os estímulos realizados por Pequim até o momento, bem como os prometidos durante a reunião, não são suficientes para reaquecer o gigante asiático na proporção esperada. A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, criticou os pacotes de estímulos até agora por não conseguirem lidar com os problemas mais urgentes de excesso de capacidade e fraca demanda doméstica. A diretora do FMI, Kristalina Georgieva, alertou que o crescimento anual da China pode cair para “muito abaixo” de 4% no futuro sem reformas para elevar o consumo doméstico. O ministro das Finanças do Brasil, Fernando Haddad, disse que havia “insegurança” sobre as medidas de estímulo, sem dar mais detalhes.
No Japão, o índice Nikkei 225 recuou 0,76% com o investidor local atento às eleições do fim de semana, que podem fazer com que a coalizão governante do Japão perca a maioria na câmara pela primeira vez desde 2009.
EUROPA
As bolsas no velho continente operam em leve alta no pregão de hoje, digerindo os balanços corporativos mistos no dia de hoje, enquanto o investidor se prepara para os dados econômicos decisivos da semana que vem. Às 07:05, o Euro Stoxx 50 avançava 0,11%, o inglês FTSE subia 0,06% e o alemão DAX acumulava 0,13% ao valor de mercado.
EUA
Os futuros americanos operam, em leve alta na manhã desta sexta-feira após alta no pregão de ontem impulsionada por balanços corporativos, com destaque para a fabricante de carros elétricos, Tesla, que fechou o dia com alta de 21,92%. Hoje, o mercado começa a se preparar para os eventos econômicos da semana que vem, que traz os números do payroll e o índice de inflação PCE, principal medida para as tomadas de decisões do Federal Reserve. Às 07:13, o futuro do S&P500 avançava 0,20%, o Nasdaq Composto subia 0,23% e o Dow Jones acumulava alta de 0,19%.
BRASIL
A bolsa de São Paulo encerrou o pregão desta quinta-feira em alta de 0,65%, aos 130.066 pontos, após uma sequência de 5 pregões no vermelho. A melhora do humor veio na parte da tarde, com as falas do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do BC, Roberto Campos Neto, em coletiva de imprensa durante a reunião do G20. RCN reforçou que o BC não trabalha apenas como termômetro do que está precificado e que os preços de mercado estão exagerados. Também reforçou a posição de não fornecer uma projeção para as próximas reuniões do COPOM e citou o aumento do prêmio de risco nas taxas longas de juros, contando com os anúncios vindos do governo para acalmar os ânimos.
CÂMBIO
O dólar recuou frente ao real na sessão de ontem, no embalo das declarações de Haddad e de RCN, fechando com queda de 0,53%, valendo R$5,6629. A mesma tendência para a moeda norte-americana foi experimentada no exterior, com o DXY perdendo 0,39% do valor de mercado.
COMMODITIES
Os contratos futuros de petróleo voltam a subir depois de dois dias de queda, com os operadores mantendo a atenção voltada para o campo geopolítico e para as perspectivas de oferta da commodity. Às 07:15, o barril do WTI era negociado a $70,58, alta de 0,56%, enquanto o Brent valia $74,77, subindo 0,52%.
Os estímulos para o setor imobiliário divulgados pela China impulsionaram o minério de ferro para uma alta de 2,81%, chegando ao patamar de 769,5 yuanes.
AGENDA
09:30 – Pedidos de Bens Duráveis (EUA)
09:30 – Núcleo de Pedidos de Bens Duráveis (EUA)
11:00 – Expectativas de Inflação de Michigan (EUA)
11:00 – Confiança do Consumidor de Michigan (EUA)
12:00 – Discurso de Susan Collins, Membro do Fed (EUA)