PANORAMA GLOBAL 31/10/24

A agenda do dia é repleta de eventos econômicos importantes, com destaque para o índice de preços PCE nos Estados Unidos, que é a principal medida de inflação para o Fed. Além disso, saem dados da indústria e do setor de trabalho americano.

No velho continente, o investidor também acompanha números de inflação na região enquanto no Brasil, o mercado espera por notícias sobre a agenda de corte de gastos do governo.

No mundo corporativo, a temporada de balanços segue repercutindo e hoje conheceremos os números trimestrais da Apple e da Amazon.

 

ÁSIA E PACÍFICO

Os mercados asiáticos fecharam o pregão majoritariamente em queda nesta quinta-feira, refletindo o desempenho de Wall Street e os balanços corporativos das gigantes tecnológicas e empresas da região. No Japão, o índice Nikkei 225 recuou 0,59% em dia de reunião de política monetária no BoJ, onde foi mantida a taxa de juros em 0,25%.

Na China, os mercados foram na contramão do continente, com o Xangai Composto avançando 0,43% refletindo o avanço apresentado no índice de gerente de compras, que apontou para expansão do setor fabril chinês pela primeira vez em seis meses. Na semana que vem, o mercado espera novas notícias de estímulos durante uma importante reunião de líderes chineses.

Em Hong Kong, o clima acompanhou o restante do continente, com o Hang Seng caindo 0,31%. O sul-coreano Kospi pesou ainda mais, perdendo 1,27% do valor de mercado.

 

EUROPA                                     

Os mercados europeus também refletem números corporativos de empresas do continente não tão animadores e operam no campo negativo. A AB InBev caía mais de 3% após relatar queda nas vendas na China e Argentina. O Banco BNP Paribas recuava mais de 6% sem impressionar com os resultados divulgados. No campo econômico, o velho continente olha para os dados de inflação a serem divulgados hoje pela manhã, além da taxa de desemprego.

Às 06:21, o Euro Stoxx 50 recuava 0,79%, o alemão DAX caia 0,62% e o inglês FTSE perdia 0,71% do valor de mercado.

 

EUA

Os mercados futuros americanos operam em baixa robusta na manhã desta quinta, refletindo os dados divulgados pela Microsoft e pela Meta no fim do dia de ontem, o que não animou ao investidor.

A Microsoft previu um crescimento trimestral mais lento na receita de nuvem, refletindo a dificuldade conhecida de colocar os data centers online rápido o suficiente para atender à demanda por serviços de inteligência artificial. As ações da empresa no pré-mercado recuam por volta de 4%.

Já a Meta deve aumentar significativamente os gastos com inteligência artificial e outras tecnologias vistas como futurísticas, como o metaverso e os óculos de realidade virtual., conforme informado por Mark Zuckerberg. O CEO também disse que o desenvolvimento dessas áreas é essencial para o futuro da empresa. O posicionamento dá continuidade a briga entre as apostas no negócio principal da empresa, que é publicidade, e estes investimentos de longo prazo, pondo o investidor em dúvida. Os papeis da Meta perdem por volta de 4% do valor de mercado no pré-mercado americano.

Hoje, saem os balanços da Apple e da Amazon.

Olhando para a economia, o investidor fica atento para dados importantes que serão divulgados hoje, com destaque para o índice de inflação PCE, mais importante para a tomada de decisão do Federal Reserve sobre a política monetária americana, e que antecede o payroll de amanhã.

Às 06:37, o contrato futuro do S&P500 caia 0,71%, o Nasdaq Composto perdia 0,94% do valor de mercado e o Dow Jones recuava 0,56%.

 

BRASIL

O índice Bovespa fechou o pregão desta quarta em leve queda, de 0,07%, aos 130.639 pontos, enquanto investidores aguardam a divulgação do pacote de corte de gastos do governo, em meio a declarações do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que há um entendimento com a Casa Civil sobre o assunto.

Às principais ações do índice recuaram, com Petrobrás PN caindo 0,44% e a Vale perdendo 0,30% do valor de mercado. Hoje, o investidor acompanha o balanço orçamentário de setembro, divulgação de taxa de desemprego e os desdobramentos da reunião do Conselho Monetário Nacional.

 

CÂMBIO

A divisa americana também não experimentou muita volatilidade na última sessão, enquanto o investidor espera pelas novidades no campo fiscal brasileiro. O dólar à vista fechou em leve alta de 0,03%, negociado a R$5,7634.

 

COMMODITIES

O petróleo opera me leve alta na manhã de hoje, estendendo os ganhos da sessão de ontem, apoiado por dados do estoque americano e notícia de que a OPEP+ deve adiar o aumento de produção que estava marcado para novembro. Às 06:50, o barril do WTI era negociado a $68,98, alta de 0,54%, enquanto o do Brent avançava 0,53%, negociado a $72,53.

O minério de ferro de ferro recuou 0,38% na última janela de verificação em Dalian, aos 781,5 yuanes, mas mantendo o patamar dos ¥780 na expectativa de que novos estímulos sejam anunciados na reunião de líderes chineses na semana que vem.

O ouro renovou máxima histórica novamente na sessão de ontem, com o investidor procurando proteção para passar pelas eleições presidenciais americanas na semana que vem até entender o impacto da agenda do candidato vencedor. Às 06:53, a onça troy era negociada a $2.790.

 

AGENDA

07:00 – CPI (EUR)

07:00 – CPI Núcleo (EUR)

07:00 – Taxa de Desemprego (EUR)

08:30 – Balanço Orçamentário (BRA)

08:30 – Taxa de Desemprego (BRA)

09:30 – Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego (EUA)

09:30 – Índice de Preços do PCE (EUA)

09:30 – Núcleo do Índice de Preços do PCE (EUA)

09:30 – Renda Pessoal (EUA)

09:30 – Gastos Pessoais (EUA)

10:45 – PMI de Chicago (EUA)

22:45 – PMI Industrial Caixin (CHI)