ÁSIA
Os mercados asiáticos fecharam sem direção consensual no pregão desta quinta-feira. Na China, as ações perderam terreno, com o Shanghai Composite caindo 0,42% e o Shenzhen Component caindo 0,77%, à medida que as últimas ameaças tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump, pesaram no sentimento do mercado. Ontem, Trump anunciou planos para impor tarifas recíprocas a qualquer país que cobre taxas sobre importações dos EUA, aumentando as preocupações com um conflito comercial global em escalada. Investidores na China também realizaram lucros após um forte rali impulsionado pelo otimismo em torno da inteligência artificial. O índice honconguês Hang Seng seguiu o embalo do gigante asiático e fechou com recuo de 0,20%.
Já no Japão, o índice Nikkei 225 subiu 1,28%, enquanto o índice mais amplo Topix ganhou 1,18%, marcando uma segunda sessão consecutiva de ganhos em meio a um iene enfraquecido. Um iene mais fraco melhora a perspectiva de lucro para as indústrias impulsionadas por exportações do Japão e torna os ativos japoneses mais atraentes para investidores estrangeiros. Além disso, uma forte temporada de lucros corporativos ajudou a impulsionar o sentimento de mercado.
Na Coreia do Sul, o índice de referência KOSPI subiu 0,7%, atingindo uma alta de três meses e estendendo sua sequência de vitórias para três sessões consecutivas, apoiado por fortes desempenhos em setores-chave.
EUROPA
As bolsas do velho continente ampliaram os ganhos na quinta-feira, após quebrar um novo nível recorde nas sessões anteriores. O sentimento de mercado recebeu um impulso diante das perspectivas de uma potencial resolução do conflito na Ucrânia. O Presidente Trump anunciou que os EUA e a Rússia iniciariam negociações imediatas após sua conversa com o Presidente Putin. Automóveis, alimentos e bebidas, viagens e lazer e setores industriais estavam entre os mais bem-sucedidos, enquanto bens de consumo e petróleo e gás tiveram desempenho inferior. No mundo corporativo, a temporada de resultados continua com a Siemens disparando quase 5% após resultados melhores do que o esperado. Além disso, a Nestlé disparou mais de 6% após crescimento nas vendas e margem de lucro superarem as expectativas.
A exceção ficou por conta da bolsa da Inglaterra, que opera no campo negativo mesmo com a surpresa de um PIB maior que o esperado, divulgado hoje mais cedo, impulsionada pelos fracos resultados corporativos. A Unilever enfrentou dificuldades, caindo 6,4%, enquanto o Barclays perdeu mais de 4,5%, mesmo após relatar resultados sólidos, anunciar recompra de ações e superar as expectativas em sua divisão de banco de investimento.
Às 06:40, o Euro Stoxx 50 avançava 087%, o inglês FTSE recuava 0,85% e o alemão DAX acumulava alta de 1,07%.
ESTADOS UNIDOS
Os futuros das ações dos EUA operam dentro da estabilidade no pregão desta quinta-feira, enquanto os investidores se preparavam para mais relatórios de lucros e os dados mais recentes de inflação ao produtor. No pregão regular de quarta-feira, o Dow e o S&P 500 caíram 0,5% e 0,27%, respectivamente, enquanto o Nasdaq Composite subiu 0,03%. Esses movimentos seguiram um relatório de inflação ao consumidor em janeiro mais alto do que o esperado, fortalecendo o argumento para que o Federal Reserve mantenha as taxas de juros atuais. No entanto, comentários positivos do Presidente da Câmara, Mike Johnson, sobre isenções tarifárias ajudaram a sustentar o sentimento do mercado, compensando parcialmente as perdas mais amplas. Olhando para o futuro, os traders estão focados nos pedidos semanais de auxílio-desemprego e no relatório do PPI de hoje, bem como nos relatórios de lucros de empresas como Airbnb, Coinbase e Palo Alto Networks.
COMMODITIES
Os contratos futuros do petróleo se mantiveram no campo negativo na sessão de hoje, à medida que o sentimento dos investidores permaneceu contido após conversas entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin. Os dois líderes concordaram em abrir negociações visando encerrar a guerra em curso na Ucrânia, gerando especulações de que uma resolução poderia reduzir os riscos de oferta de um dos maiores exportadores de petróleo do mundo. Aumentando a pressão, os últimos dados de inflação dos EUA mostraram tendências inflacionárias crescentes, reforçando as expectativas de uma postura contínua agressiva do Federal Reserve e pressionando as commodities precificadas em dólares americanos. Mais nervosismo no mercado veio com a divulgação do último relatório de estoques de petróleo bruto da EIA. Os dados revelaram um aumento significativo de 4,1 milhões de barris nos estoques de petróleo bruto dos EUA na semana passada, superando o aumento esperado de 3 milhões de barris. Enquanto isso, a OPEP manteve sua previsão de crescimento da demanda de petróleo para 2025 em 1,45 milhões de barris por dia, oferecendo pouco suporte para os preços. Às 06:42, o barril do WTI era negociado a $70,60, recuo de 1,08%, enquanto o do Brent valia $74,43, queda de 1,02%.
AGENDA
04:00 – PIB (UK)
04:00 – Produção Industrial (UK)
04:00 – CPI (AL)
06:00 – Relatório Mensal da AIE (US)
07:00 – Produção Industrial (EU)
10:00 – PPI (US)
10:30 – Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego (US)