ÁSIA
os mercados asiáticos encerraram o primeiro pregão de março sem direção única nesta segunda feira. Na China, o Shanghai Composite recuou 0,12%, enquanto o Shenzhen Component subiu 0,36%. A cautela dominou o sentimento de mercado antes do prazo de 4 de março para a tarifa adicional de 10% sobre as importações chinesas imposta pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Em resposta, o Ministério do Comércio da China se comprometeu a implementar contramedidas para proteger seus interesses. Os investidores também mantiveram um olho em reuniões políticas importantes em Pequim nesta semana, onde as autoridades devem divulgar medidas de estímulo.
Enquanto isso, uma pesquisa privada mostrou que o PMI de manufatura da China subiu para 50,8 em fevereiro, acima dos 50,1 de janeiro, superando as expectativas de 50,3 e marcando a leitura mais alta desde novembro. Além disso, dados oficiais divulgados no fim de semana revelaram uma expansão inesperada na atividade fabril, enquanto o crescimento do setor de serviços superou as previsões.
Em outras praças asiáticas, o honconguês Hang Seng avançou 0,28%, no embalo dos motivadores chineses. Já no Japão, o principal índice de referência, Nikkei 225, disparou 1,81% no embalo da forte performance de Wall Sreet no fechamento da semana passada.
EUROPA
As bolsas do velho continene operam no campo positivo, enquanto os traders avaliavam os desenvolvimentos geopolíticos e aguardam dados de inflação e a decisão de política monetária do BCE mais tarde na semana.
As ações de defesa lideraram os ganhos, disparando após os líderes europeus pressionarem para formar o que a Grã-Bretanha chamou de “coalizão dos dispostos” para reforçar a segurança da Ucrânia, juntamente com expectativas crescentes de aumento nos gastos com defesa.
Enquanto isso, os investidores permanecem focados em saber se um acordo de última hora pode evitar a implementação de tarifas de 25% sobre as importações do México e do Canadá para os EUA, bem como uma tarifa adicional de 10% sobre bens chineses, prevista para entrar em vigor esta semana.
Na agenda econômica, os números do IPC da zona do euro, previstos para hoje, são esperados para reforçar as apostas do mercado de que o BCE avançará com outro corte de taxa.
Às 07:28, o Euro Stoxx 50 avançava 0,49%, o inglês FTSE subia 0,41% e o alemão DAX acumulava 1,22% ao valor de mercado.
ESTADOS UNIDOS
Os mercados futuros dos EUA operam no campo positivo neste início de mês, enquanto Wall Street busca se recuperar de um fevereiro tumultuado. Os investidores estão atentos ao prazo de 4 de março para as tarifas propostas pelo presidente Donald Trump sobre parceiros comerciais chave dos EUA.
No fim de semana, o Secretário de Comércio, Howard Lutnick, indicou que as tarifas sobre o México e o Canadá permanecem “fluídas”, sugerindo que podem ser menores do que os 25% inicialmente propostos.
Em contraste, a tarifa adicional de 10% sobre a China parece estar firmemente estabelecida. Fevereiro provou ser um mês volátil para os mercados, com as políticas tarifárias crescentes de Trump e as crescentes preocupações econômicas nos EUA enfraquecendo o sentimento dos investidores. O Dow Jones Industrial Average caiu 1,58%, o S&P 500 perdeu 1,42% e o Nasdaq Composite caiu 3,97%.
Olhando para a semana, os traders estarão monitorando de perto o relatório mensal de empregos de sexta-feira para obter novas informações sobre a saúde do mercado de trabalho.
No âmbito político, a reunião entre Trump e Zelensky no salão oval não saiu como o mercado esperava. Na tensa e curta reunião, farpas lançadas das partes americanas em direção à Zelensky deixaram claras as intenções amercianas. Trump alertou Zelensky para negociar ou correr o risco de perder o apoio dos EUA, levando Zelenskyy a sair antes de uma conferência de imprensa agendada.
O Presidente Trump acusou o líder ucraniano de “brincar com a terceira guerra mundial, enquanto o Vice-Presidente Vance o chamou de “desrespeitoso”. Trump esbravejou que Zelensky não tem as “cartas do jogo” em relação à guerra e, quando uma proposta de cessar-fogo é apresentada, ele deve agarrá-la. Em algum momento, até questionamentos sobre a roupa usada por Zelensky foram feitos por parte da imprensa, com apoio dos líderes manericanos.
Por outro lado, os líderes europeus se reuniram com Zelensky no fim de semana, onde foi anunciada a “Coalizão dos Dispostos”, liderada pelo Reino Unido e pela França, no intuito de desenvolver um plano para encerrar o conflito, com ciência e participação da parte ucraniana.
COMMODITIES
Os contratos futuros do petróleo operam em baixa na sessão desta segunda-feira, devido às preocupações com uma potencial guerra comercial global e às crescentes tensões geopolíticas que pesaram sobre o mercado.
Pesando do lado da diminuição de demanda, as iminentes tarifas dos EUA sobre importações do Canadá, México e China, previstas para entrar em vigor na terça-feira, aumentaram os temores de um crescimento global mais lento e uma demanda energética mais fraca. No entanto, dados de manufatura da China, o maior importador de petróleo bruto do mundo, mais fortes do que o esperado, forneceram algum suporte, aumentando as esperanças de um aumento no consumo de combustível.
Às 07:32, o barril do WTI era negociado a $69,40, recuo de 0,49%, enquanto o do Brent valia $72,57, queda de 0,32%.
AGENDA
06:00 – PMI Industrial (UE)
07:00 – CPI (UE)
07:00 – CPI Núcleo (UE)
11:45 – PMI Indsutrial (US)
12:00 – PMI Industrial ISM (US)