ÁSIA
Os mercados asiáticos fecharam em queda no pregão desta quinta-feira. Na China, o índice composto de Xangai caiu 0,39%, enquanto o Componente de Shenzhen perdeu 0,99%, marcando uma segunda sessão consecutiva de quedas, com ações de tecnologia e relacionadas à inteligência artificial liderando a retirada.
O UBS rebaixou o setor de tecnologia da China de atrativo para neutro, citando fortes ganhos acumulados no ano de mais de 30% e preocupações com as perspectivas de crescimento futuro.
Analistas também levantaram preocupações sobre a capacidade da China de atingir suas metas econômicas, conforme delineado nas reuniões anuais das Duas Sessões recentemente concluídas.
Além disso, as tensões comerciais em escalada pesaram no sentimento após a entrada em vigor das tarifas de aço e alumínio do presidente dos EUA, Donald Trump, na quarta-feira.
EUROPA
As ações europeias opertam em leve alta na sessão de hoje, apesar da entrada em vigor das tarifas dos EUA sobre importações de aço e alumínio, provocando medidas retaliatórias do Canadá e da UE, refletindo alguns balanços corporativos locais.
Hoje, o mercado europeu aguarda desdobramentos em relação às taxações e acompanha os dados de produção industrial do bloco.
ESTADOS UNIDOS
Os mercados futuros americanos operam próximos da neutralidade na sessão desta quinta, após o apetite ao risco da sessão anterior liderado por ações de tecnologia. No pós-mercado, a Intel disparou mais de 10% após a nomeação de Lip-Bu Tan como novo CEO, enquanto a Adobe caiu 4% após prever lucros abaixo do esperado para o segundo trimestre fiscal. Na sessão regular de quarta-feira, o S&P 500 e o Nasdaq Composite subiram 0,49% e 1,22%, respectivamente, interrompendo uma sequência de duas quedas.
No entanto, o Dow caiu 0,2%, marcando sua terceira queda consecutiva. As ações de tecnologia lideraram a recuperação, com ganhos notáveis da Nvidia (+6,4%), Tesla (+7,6%), Meta Platforms (+2,3%), Palantir Technologies (+7,2%) e Netflix (+2,8%).
O rali seguiu-se a um relatório de inflação de fevereiro mais brando do que o esperado, ajudando a aliviar preocupações sobre a economia e o impacto das tarifas nos preços. Enquanto isso, as tarifas de aço e alumínio de Trump entraram em vigor, levando o Canadá a retaliar com tarifas de 25% sobre mais de US$ 20 bilhões em produtos dos EUA.
COMMODITIES
Os contratos futuros de petróleo trabalham no campo negativo no pregão de hoje, após um ganho de mais de 2% na sessão anterior, enquanto os traders avaliam o impacto das crescentes tensões comerciais globais.
O presidente Trump ameaçou tarifas adicionais após a UE e o Canadá imporem medidas retaliatórias sobre as tarifas comerciais dos EUA. As preocupações contínuas com tarifas, a fraca demanda chinesa e os planos da OPEP+ para aumentar a produção, incluindo o Cazaquistão excedendo sua cota, mantiveram pressão sobre o mercado de energia. Entretanto, o petróleo encontrou suporte na quarta-feira, quando dados dos EUA sinalizaram forte demanda doméstica e desaceleração da inflação, tranquilizando investidores sobre o progresso da desinflação.
Dados do governo também mostraram que os estoques de gasolina caíram quase 6 milhões de barris para um mínimo de janeiro, enquanto os estoques de petróleo bruto aumentaram menos do que o esperado em 1,5 milhão de barris, com as reservas de Cushing em declínio.
AGENDA
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09:30 – PPI (US)
09:30 – Núcleo do PPI (US)
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