ÁSIA
Os mercados asiáticos fecharam o dia em queda generalizada, após anúncio do presidente dos Estados Unidos sobre taxações para a China, dentre outros países. O índice Xangai Composto acumulou queda de 0,06% enquanto o honconguês Hang Seng perdeu 0,04% do valor de mercado. A China condenou o anúncio dos EUA de uma tarifa adicional de 10% sobre os produtos chineses, comprometendo-se a contestar a medida com um processo na Organização Mundial do Comércio, segundo um comunicado do Ministério do Comércio. A resposta veio em meio ao feriado prolongado do Ano Novo Lunar, com Pequim instando Washington a engajar-se em “diálogo franco e fortalecer a cooperação”. O ministério criticou as tarifas como “contraproducentes”, argumentando que não resolveriam os problemas econômicos dos EUA e, em vez disso, prejudicariam as relações comerciais normais. O dia só não foi mais pesado para os índices chineses e honcongueses devido a um um relatório do Wall Street Journal de que Pequim está tentando evitar aumentos de tarifas e restrições tecnológicas da administração Trump.
Em outras praças, motivadas pelos mesmos acontecimentos, o sul-coreano Kospi recuou 2,54% enquanto o japonês Nikkei 225 iniciou a semana e o mês de fevereiro caindo 2,82%.
EUROPA
Os mercados do velho continente caem acentuadamente no pregão desta segunda-feira depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, impôs tarifas sobre o México, Canadá e China, com ameaças de estendê-las à UE e ao Reino Unido. As tarifas de 25% de Trump sobre importações mexicanas e canadenses e de 10% sobre produtos chineses, programadas para entrar em vigor na terça-feira, geraram preocupações, especialmente porque o Canadá retaliou e o México ameaçou seguir o exemplo. Além disso, Trump criticou as práticas comerciais da UE, chamando o déficit dos EUA de “atrocidade” e confirmando que as tarifas sobre produtos da UE eram iminentes. A UE prometeu uma resposta firme. O setor de automóveis e peças foi duramente atingido, com queda de mais de 4%, a pior queda de um dia desde setembro de 2022. Às 06:52, o Euro Stoxx 50 recuava 1,87%, o inglês FTSE caia 1,32% e o alemão DAX perdia 1,84% do valor de mercado.
EUA
Os futuros das ações dos EUA despencam neste pregão de início de mês após o presidente Donald Trump impor novas tarifas aos principais parceiros comerciais no fim de semana, gerando preocupações sobre o possível impacto na economia. Os EUA introduziram uma tarifa de 25% sobre bens vindos do México e Canadá, além de um imposto de 10% sobre importações da China. Em resposta, o Canadá anunciou tarifas retaliatórias, enquanto o México indicou que poderia considerar a imposição de suas próprias tarifas sobre bens dos EUA. A China, por sua vez, declarou sua intenção de abrir um processo na OMC. À medida que os mercados reagiam às tensões comerciais, os investidores se preparavam para uma semana movimentada de relatórios de ganhos, com mais de 100 empresas no S&P 500 programadas para divulgar seus resultados, incluindo grandes nomes como Amazon, Alphabet e Walt Disney. Além disso, os negociadores estão se preparando para o lançamento do relatório de empregos (payroll) de janeiro na sexta-feira, que pode fornecer mais informações sobre a economia e influenciar as perspectivas para a política monetária. Às 06:55, o contrato futuro do S&P500 caia 1,62%, o do Nasdaq Composto recuava 1,81% e o Dow Jones perdia 1,43% do valor de mercado.
COMMODITIES
Os futuros de petróleo disparam nesta segunda-feira após o presidente dos EUA, Donald Trump, impor tarifas sobre o Canadá, México e China, levantando preocupações sobre potenciais interrupções no fornecimento. No entanto, os preços do petróleo podem enfrentar forte pressão descendente no curto prazo, pois a implementação de tarifas e a consequente retaliação podem desencadear uma guerra comercial mais ampla, pesando sobre o crescimento econômico global e reduzindo a demanda por energia. Enquanto isso, a atividade industrial na China, o maior importador de petróleo, cresceu em um ritmo mais lento em janeiro. Às 06:58, o barril do WTI era negociado a $74,03, alta de 2,10%, enquanto o do Brent caia 1,23%, aos $76,61.
O ouro caiu para cerca de $2.780 por onça na segunda-feira, à medida que uma alta no dólar americano superava a demanda por refúgio seguro em meio a temores de uma guerra comercial global após medidas tarifárias dos EUA. Embora tal cenário geralmente aumente os preços do ouro devido à maior demanda por segurança, o fortalecimento do dólar e as perspectivas para as taxas de juros estão compensando essas pressões. Um dólar em alta torna o ouro mais caro para compradores estrangeiros, e o impacto inflacionário das tarifas pode manter os custos de empréstimos elevados, o que poderia pesar sobre o ouro, já que este não paga juros.
AGENDA
12:00 – PMI Industrial ISM (EUA)
14:30 – Discurso de Raphael Bostic, Membro do FOMC (EUA)