ÁSIA
Os mercados asiáticos fecharam o último pregão da semana em queda generalizada, acompanhando pares globais em baixa devido à escalada da guerra comercial. No entanto, ambos os índices de Xangai e Shenzhen encerraram a semana em alta, ganhando 1,56% e 2,19%, respetivamente, à medida que os investidores compraram a queda nas ações chinesas de tecnologia e inteligência artificial.
A China também destacou seu robusto conjunto de políticas para estimular o crescimento econômico, enfatizando planos para avançar na inovação tecnológica e impulsionar o consumo doméstico, entre outras iniciativas.
No entanto, a perspetiva econômica do país permaneceu obscurecida pela escalada da guerra comercial com os EUA, com Pequim sinalizando sua prontidão para se envolver em “qualquer tipo de guerra”.
Na agenda, dados de importação e exportação da China surpreenderam negativamente, apresentando diminuição drástica nas exportações (de 10,7% para 2,3%) e contração forte nas importações (de 1% para -8,4%).
O índice Xangai Composto recuou 0,25%, enquanto o honconguês Hang Seng perdia 0,57% do valor de mercado.
No Japão, o mau humor foi mais acentuado, com o índice Nikkei 225 caindo 2,17%, aproximando-se dos níveis mais baixos desde setembro, seguindo as perdas em Wall Street, onde as ações de tecnologia foram afetadas por forte pressão de venda.
EUROPA
Os mercados no velho continente operam no campo negativo na sessão desta sexta-feira, extendendo as perdas da sessão de ontem, devido à incerteza contínua em torno da política comercial dos EUA sob a administração Trump, que continuou a pesar no sentimento dos investidores.
O Presidente Trump inicialmente anunciou uma tarifa de 25% sobre bens mexicanos e canadianos abrangidos pelo acordo comercial norte-americano, mas mais tarde isentou os automóveis antes de suspender todas as tarifas até 2 de abril. As ações de viagens e lazer, retalho e bancos estiveram entre as piores performers. As empresas de bens de luxo também enfrentaram pressão devido a dados comerciais dececionantes da China
No campo geopolítico, os líderes da UE reafirmaram o compromisso com a Ucrânia e prometeram aumentar o apoio militar durante uma reunião de emergência na quinta-feira.
Hoje, o investidor europeu se prepara para os dados do payroll americano e acompanha o PIB e a variação de empregos no continente.
Às 06:33, o Euro Stoxx 50 caia 0,35%, o inglês FTSE recuava 0,23%, o alemão DAX cedia 1,39% e o francês CAC 40 perdia 0,59% do valor de mercado.
ESTADOS UNIDOS
Os mercados futuros americanos operam no campo positivo nesta sexta-feira, enquanto os investidores aguardavam o aguardado relatório mensal de empregos para obter mais informações sobre a saúde da economia.
Ontem, o S&P 500 e o Nasdaq Composite registaram quedas acentuadas, caindo 1,78% e 2,61%, respetivamente, atingindo os seus níveis mais baixos em pelo menos quatro meses. O Dow também caiu 0,99%, acumulando perdas semanais de quase 3%. Estas quedas ocorreram em meio a crescentes preocupações com as políticas comerciais da administração Trump, que alimentaram receios sobre o crescimento económico dos EUA.
A decisão de adiar tarifas sobre certos bens do México e do Canadá por um mês não conseguiu tranquilizar os investidores. As ações de tecnologia lideraram a queda, com a Marvell Technology a despencar 19,8% após emitir uma previsão de vendas impulsionada por IA dececionante. Isto arrastou outras grandes ações de tecnologia, incluindo Nvidia (-5,7%), Broadcom (-6,3%) e AMD (-2,8%).
Às 06:32, o S&P500 subia 0,15%, o Nasdaq Composto avançava 0,19% e o Dow Jones acumulava 0,15% ao valor de mercado.
COMMODITITES
Os contratos futuros de petróleo operam no campo positivo hoje, mas encaminhando-se para a pior semana desde outubro e a mais longa sequência de perdas semanais desde dezembro de 2023.
Os preços foram pressionados pela potencial repercussão das mudanças no comércio global. Embora o Presidente Donald Trump tenha aliviado algumas tarifas sobre o México e o Canadá até 2 de abril, as tarifas retaliatórias do Canadá permanecem, e as medidas da China entram em vigor na próxima semana.
A acrescentar ao sentimento negativo, a OPEP+ planeia aumentar a produção em abril, coincidindo com a perspetiva de reinício do oleoduto Kirkuk-Ceyhan e aumento da produção no campo de Tengiz no Cazaquistão, alimentando preocupações de excesso de oferta.
Somando-se ao cenário, o Presidente russo Vladimir Putin sinalizou interesse num acordo de paz na Ucrânia, aumentando a possibilidade de alívio das sanções e maiores exportações de petróleo russo.
Às 06:35, o barril do WTI era negociado a $67,25, alta de 1,36%, e o do Brent valia $70,37, subindo 1,32%.
AGENDA
00:20 – Exportações (CH)
00:20 – Importações (CH)
07:00 – PIB (UE)
10:30 – Relatório de Empregos Payroll (US)
10:30 – Ganho Médio por Hora (US)
10:30 – Taxa de Desemprego (US)
12:15 – Discurso de Michelle Bowman, Membro do FOMC (US)
12:45 – Discurso de John Williams, Membro do FOMC (US)
13:00 – Relatório de Política Monetária do Fed (US)
14:30 – Discurso de Jerome Powell, Presidente do Fed(US)
15:30 – Discursode Donald Trump, Presidente dos EUA (US)