A agenda do dia é esvaziada de eventos econômicos importantes nesse início de semana, com o investidor atento aos dados de inflação ao consumidor nos Estados Unidos que serão divulgados na quinta-feira. Na Europa repercute o resultado das eleições francesas onde o partido de esquerda se sobrepôs aos da direita e garantiu a maioria dos assentos.
ÁSIA E PACÍFICO
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta segunda-feira, enquanto investidores aguardam novos dados de inflação dos EUA e da China e digerem o resultado das eleições legislativas da França.
O índice japonês Nikkei caiu 0,32% sob o peso de ações de montadoras e eletrônicos, enquanto o Hang Seng recuou 1,55% em Hong Kong e o sul-coreano Kospi cedeu 0,16% interrompendo uma sequência de três pregões positivos.
Na China continental, o Xangai Composto perdeu 0,93% e o menos abrangente Shenzhen Composto teve queda de 1,88% pressionados por ações de software e do setor imobiliário.
Nos próximos dias, China e EUA publicam atualizações de seus índices de preços. A atenção estará voltada principalmente para a inflação ao consumidor dos EUA, que pode influenciar a trajetória dos juros básicos americanos neste segundo semestre.
O quadro político da França também está no radar, após a aliança esquerdista surpreender e ficar em primeiro lugar no segundo turno das eleições legislativas, mas não garantir maioria absoluta no Parlamento.
Exceção na Ásia, o Taiex subiu 1,37% em Taiwan, à nova máxima histórica de 23.878,15 pontos, em meio ao forte desempenho das ações da Foxconn (+5,56%), e da TSMC (+3%). Fornecedora da Apple, a Foxconn divulgou receita trimestral recorde e a TSMC, maior fabricante de semicondutores do mundo, vem sendo favorecida pelo otimismo com a tecnologia de inteligência artificial (IA).
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho hoje, com a fraqueza de ações de produtoras de minério de ferro. O S&P/ASX 200 recuou 0,76% em Sydney, a 7.763,20 pontos.
EUROPA
As bolsas no velho continente operam em alta na manhã de hoje, revertendo perdas do começo do pregão, embora o Parlamento da França enfrente a possiblidade de paralisação após a surpreendente vitória da esquerda nas eleições parlamentares do fim de semana.
Ontem, a aliança esquerdista da França conquistou o maior número de assentos no segundo turno das eleições legislativas e freou a ascensão da ultradireita, com o apoio do centro. A esquerda, porém, não garantiu maioria absoluta no Parlamento, levando analistas a prever que as negociações para a formação de um novo governo francês serão difíceis.
O impasse político na Franca veio após as eleições gerais do Reino Unido da semana passada, em que a oposição trabalhista teve uma vitória histórica, pondo fim a 14 anos de governos conservadores.
Às 06:50, o Stoxx 600 avançava 0,45%, o inglês FTSE subia 0,34%, o alemão DAX avançava 0,54% e o francês CAC40 acumulava 0,53% ao valor de mercado.
EUA
Os índices futuros das bolsas de Nova York operam dentro da estabilidade na manhã desta segunda-feira, após Wall Street encerrar a última semana com ganhos, enquanto investidores aguardam, nos próximos dias, testemunho do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no Congresso americano, novos dados da inflação ao consumidor dos EUA e o início da temporada de balanços corporativos do país. Às 06:42, no mercado futuro, o Dow Jones subia 0,10%, o S&P 500 avançava 0,07% e o Nasdaq tinha ganhos de 0,09%.
BRASIL
O Ibovespa teve dia de acomodação ao longo do qual pouco conseguiu se distanciar do zero a zero, mas concretizou a terceira semana de recuperação consecutiva, em alta também nas quatro sessões anteriores, desde o primeiro dia do mês. O índice se firmou no positivo em direção ao fechamento (+0,08%), aos 126.267,05 pontos, tendo flutuado entre 125.556,48 e 126.661,59 em sessão na qual saiu de abertura aos 126.165,12. O giro ficou em R$ 19,8 bilhões, após o feriado de ontem nos Estados Unidos que havia reduzido a liquidez.
CÂMBIO
Após uma alta pontual pela manhã, o dólar à vista se firmou em baixa ao longo da tarde de segunda-feira no mercado doméstico, refletindo a queda da moeda americana no exterior, na esteira do resultado do payroll de junho, e novos sinais vindos do governo de compromisso com as metas fiscais.
Com máxima a R$ 5,5342 e mínima a R$ 5,4603, o dólar à vista encerrou a sessão em baixa de 0,44%, cotado a R$ 5,4623, no menor valor de fechamento em dez dias. Foi o terceiro pregão consecutivo de recuo da moeda americana, que encerra a semana com desvalorização de 2,25%.
Hoje, o euro se enfraquece levemente ante o dólar em meio a previsões de analistas de que será difícil formar um novo governo na França, após a esquerda surpreender no segundo turno das eleições legislativas do país e ficar em primeiro lugar, com a ajuda do centro, freando a ascensão da ultradireita.
COMMODITIES
Os contratos futuros do petróleo operam em baixa acentuada no início do dia de hoje, ampliando perdas da última sessão, em um dia de agenda esvaziada. Às 06:44, o barril do petróleo WTI caía 1,32%, a US$ 82,29, e o do Brent recuava 1,24%, a US$ 85,73.
AGENDA
08:00 – IGP-DI (BRA)
08:25 – Boletim Focus (BRA)