A agenda do dia é esvaziada de indicadores importantes, mas é marcada pela volta da China depois de um feriado que durou uma semana. No cenário doméstico, se inicia hoje o caminho de Galípolo para a presidência do BC com sabatina no Senado em evento transmitido ao vivo.
ÁSIA E PACÍFICO
Os mercados asiáticos fecharam o pregão desta terça, marcado pela reabertura das bolsas chinesas após uma semana de feriado, em forte queda, com o investidor decepcionado com a falta de novos estímulos por parte de Pequim em pronunciamento feito hoje. O índice honconguês Hang Seng se destacou recuando 9,41% após duradoura sequência de altas. No Japão, o Nikkei 225 caiu 1,31% enquanto o sul-coreano Kospi perdia 0,61% do valor de mercado. Na contramão do restante do continente, o índice Shangai Composto, na China, subiu 4,55% no primeiro pregão após o fim do feriado.
EUROPA
As bolsas do velho continente operam em considerável queda na manhã de hoje, puxadas pelas ações expostas à China, principalmente dos setores de luxo e mineração. Às 06:48, o Euro Stoxx 50 recuava 0,72%, o inglês FTSE caia 1,18% e o alemão DAX perdia 0,36% do valor de mercado.
EUA
Os mercados futuros americanos operaram no negativo durante a madrugada no embalo dos mercados asiáticos, mas viraram para o campo positivo, estimulados pelas ações de tecnologia. No pré-mercado, às 06:50, os papeis da Nvidia subiam 1,57%, os da Microsoft avançavam 1,04% e os da Apple acumulavam 0,40% ao valor de mercado. Já os índices futuros S&P500 e Nasdaq Composto acumulavam alta de 0,31% e 0,34%, respectivamente.
BRASIL
A bolsa brasileira experimentou uma sessão mista no dia de ontem, com os setores de commodities e financeiro puxando a fila no campo positivo, mas contrabalanceada pelas ações ligadas à economia doméstica, mantendo o índice Bovespa dentro de uma neutralidade, fechando com alta de 0,17%, aos 132.018 pontos.
Na seara política, o diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, inicia hoje a primeira etapa para assumir a presidência do órgão em janeiro de 2025, após ser indicado pelo governo federal para o cargo em agosto. Galípolo será sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, em evento transmitido ao vivo.
CÂMBIO
O dólar operou em alta frente ao real com a geopolítica no radar, sem perder de vista os números do payroll americano, na sexta-feira, que afastaram as chances de um novo corte de 50 pontos base na taxa de juros básica dos EUA, levando o mercado a especular até uma manutenção para a reunião de novembro. A divisa americana avançou 0,56%, cotada a R$5,4859.
Frente aos pares do DXY, cesta que contempla as 6 divisas mais fortes, o dólar fechou estável, com leve recuo de 0,03%.
COMMODITIES
Os contratos futuros de petróleo operam em queda na sessão de hoje, precificando a possível diminuição de demanda após a China decepcionar com a falta de estímulos na volta do feriado. Às 07:00, o barril do WTI era negociado a $75,61, recuo de 1,98%, enquanto o do Brent valia $79,38, queda de 1,92%.
O minério de ferro fechou a última janela em Dalian em queda de 2,37%, também motivados pela falta de novos estímulos, se afastando da referência de 800 yuanes, cotado a ¥783,5.
AGENDA
09:30 – Balança Comercial (EUA)
09:30 – Exportações (EUA)
09:30 – Importações (EUA)
13:45 – Discurso de Raphael Bostic, Membro do FOMC (EUA)
14:00 – Leilão Americano Note a 3 Anos (EUA)
17;00 – Discurso de Susan Collins, Membro do Fed (EUA)
17:30 – Estoques de Petróleo Bruto Semanal API (EUA)
20:30 – Discurso de Phillip Jefferson, Membro do FOMC (EUA)