PANORAMA GLOBAL 09/07/24

A agenda do dia é esvaziada de indicadores econômicos mas conta com o discurso do presidente do BC americano, Jerome Powell, no Congresso americano e a fala de outras autoridades monetárias do Fed e do tesouro americano. Mais à noite, a China divulga os dados de inflação ao produtor e ao consumidor.

ÁSIA E PACÍFICO

As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta terça-feira, com máxima histórica em Tóquio, um dia após alguns dos principais índices acionários de Nova York avançarem a novos recordes e à espera de comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.

O japonês Nikkei subiu 1,96% à medida que a fraqueza do iene melhorou a perspectiva de lucros, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,34%, o Taiex registrou alta marginal de 0,09 e o Hang Seng ficou estável em 17.523,23 pontos.

Na China continental, os mercados foram impulsionados por ações de montadoras e semicondutores. O Xangai Composto teve avanço de 1,26% e o menos abrangente Shenzhen Composto subiu 1,74%.

Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no azul hoje, com ganhos liderados por ações do setor financeiro. O S&P/ASX 200 avançou 0,86% em Sydney, a 7.829,70 pontos.

EUROPA

As bolsas do velho continente operam sem direção consensual na manhã desta terça-feira, com destaque para a bolsa francesa que sofre com as incertezas políticas após o resultado eleitoral do fim de semana.

No domingo, a aliança esquerdista teve a maior votação no segundo turno das eleições legislativas, freando o avanço da direita, mas não conquistou maioria absoluta, o que complica as negociações para a formação de um governo coeso no país. O presidente Emmanuel Macron pediu ao primeiro-ministro francês que fique no cargo temporariamente para “garantir a estabilidade do país”.

Às 07:00, o Stoxx600 tinha queda de 0,09%, o inglês FTSE subia 0,09%, o alemão DAX recuava 0,18% e o francês CAC40 perdia 0,61% do valor de mercado.

EUA

Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta modesta na manhã desta terça-feira, após o fechamento misto de Wall Street ontem, enquanto investidores aguardam o primeiro dia de depoimento do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no Congresso americano. A agenda de hoje também prevê discurso da diretora do Fed Michelle Bowman e da secretária do Tesouro Janet Yellen. Às 06:35, no mercado futuro, o Dow Jones subia 0,06%, o S&P 500 avançava 0,19% e o Nasdaq tinha ganho de 0,28%.

BRASIL

A acentuação de ganhos em Petrobras (ON +2,33%, PN +2,45%) após o anúncio de que a estatal cobrará preços mais altos na gasolina e no GLP a partir de amanhã assegurou fechamento levemente positivo para o Ibovespa na sessão. O índice da B3 oscilou até os 125.613,54, na mínima, tendo iniciado o dia aos 126.280,29 pontos, e fechou bem perto da máxima do dia (+0,23%, aos 126.551,30 pontos), ampliando a série positiva pela sexta sessão e igualando, em extensão, sequência vista em fevereiro. No fim do pregão, o índice mostrava 126.548,34, em alta de 0,22% no fechamento.

No mundo corporativo, a Petrobras anunciou o primeiro aumento da gasolina no ano, também o primeiro da gestão da presidente Magda Chambriard. O reajuste gira em torno dos 7,8%, ou mais R$ 0,20 por litro, reporta do Rio a jornalista Denise Luna, do Broadcast. O preço para as distribuidoras passa a ser, em média, de R$ 3,01 a partir de amanhã, informou a estatal. A empresa também reajustou o preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), que permanecia sem aumento desde março de 2022.

CÂMBIO

Após três pregões seguidos de forte queda, o dólar à vista encerrou a sessão desta segunda-feira com leves ganhos, mas ainda abaixo do nível psicológico de R$ 5,50. Segundo operadores, houve um movimento de ajuste técnico e correção no mercado local, em dia de baixa de commodities e sinal predominante de alta da moeda americana no exterior. Com mínima a R$ 5,4570 e máxima a R$ 5,4951, o dólar à vista encerrou a sessão cotado a R$ 5,4766, em alta de 0,26%.

Hoje, o dólar opera em leve alta ante outras moedas fortes, enquanto investidores aguardam o primeiro dia de depoimento do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no Congresso americano, dias antes da divulgação de novos dados da inflação ao consumidor dos EUA, que são cruciais para a trajetória dos juros básicos do país neste segundo semestre.

COMMODITIES

Os contratos futuros do petróleo operam em baixa na manhã desta terça-feira, ampliando perdas de ontem, à medida que temores sobre interrupções generalizadas na infraestrutura energética após o furacão Beryl atingir o Texas diminuíram entre os operadores. “O pior do furacão Beryl parece ter passado e agora o mercado aguarda uma avaliação dos danos à infraestrutura energética ao longo da costa texana”, afirmam analistas do ING, em nota a clientes, acrescentando que as primeiras indicações são de que a maior parte da infraestrutura ficou ilesa. Às 06:56, o barril do petróleo WTI caía 0,40%, a US$ 81,88, e o do Brent recuava 0,50%, a US$ 85,32.

AGENDA

10:15 – Discurso de Michael Barr, Vice-Presidente de Supervisão do Fed (EUA)

11:00 – Discurso de Jerome Powell, Presidente do Fed (EUA)

11:00 – Discurso de Janet Yellen, Secretária do Tesouro (EUA)

14:30 – Discurso de Michelle Bowman, Membro do FOMC (EUA)

17:30 – Estoques de Petróleo Bruto Semanal API (EUA)

22:30 – CPI (CHI)

22:30 – PPI (CHI)