Para fechar a semana, a agenda do dia traz dados sobre o mercado de trabalho americano, contando com números do Payroll, taxa de desemprego e ganho médio por hora trabalhada. No cenário interno, o investidor observa os dados de inflação do IPCA, mas sem poder realista de mudar a trajetória já contratada para a Selic.
ÁSIA
As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta sexta-feira, com perdas lideradas pelas da China, em meio a temores persistentes sobre a inflação fraca na segunda maior economia do mundo.
Entre os mercados chineses, o índice Xangai Composto recuou 1,33% e o menos abrangente Shenzhen Composto teve queda ainda mais expressiva, de 2,22%. Os preços ao consumidor da China tiveram modesta alta de 0,2% em 2024, refletindo pressões deflacionárias.
Em Tóquio, o Nikkei caiu 1,05% diante de crescentes preocupações com a tendência de alta dos custos de empréstimos no Japão. Nesta madrugada, o rendimento do título do governo japonês de 10 anos subiu 2,5 pontos-base a 1,195%, atingindo o maior patamar desde maio de 2011.
Em outras partes da Ásia, o honconguês Hang Seng cedeu 0,92%, o sul-coreano Kospi perdeu 0,24%, interrompendo uma sequência de cinco pregões positivos, e o taiwanês Taiex registrou baixa de 0,30%.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho pelo segundo dia consecutivo. O S&P/ASX 200 caiu 0,42% pressionado por ações de grandes bancos domésticos, que tiveram perdas de 1,2% a 1,7%.
EUROPA
As bolsas europeias operam em baixa nas primeiras horas do pregão de hoje, com investidores à espera de dados dos EUA sobre o mercado de trabalho e confiança do consumidor, em dia de agenda local vazia, e atentos à turbulência no mercado de títulos do governo britânico (Gilts), cujos rendimentos atingiram os maiores níveis em décadas nesta semana. Às 06:19, o Euro Stoxx 50 recuava 0,25%, a Bolsa de Londres caía 0,11%, a de Paris recuava 0,13% e a de Frankfurt cedia 0,06%.
EUA
Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em baixa no último pregão da semana, após Wall Street não operar ontem em homenagem ao funeral do ex-presidente dos EUA Jimmy Carter. Hoje, investidores nos EUA vão acompanhar o relatório mensal sobre o mercado de trabalho e pesquisa da Universidade de Michigan sobre confiança do consumidor e expectativas de inflação. Às 06:11, no mercado futuro, o Dow Jones caía 0,13%, o S&P 500 recuava 0,15% e o Nasdaq tinha perda de 0,22%.
BRASIL
Em dia de variação restrita e de liquidez reduzida pelo semiferiado nos Estados Unidos em memória do presidente Jimmy Carter, o Ibovespa se estabilizou após perda de 1,27% no dia anterior.O índice da B3 oscilou menos de 650 pontos entre a mínima e a máxima da sessão. Ao fim, mostrava leve ganho de 0,13%, aos 119.780,56 pontos, com giro a R$ 13,2 bilhões. Na semana, o Ibovespa avança 1,05%, reduzindo a perda do mês a 0,42%.
Sem a referência das bolsas de Nova York, o desempenho positivo era assegurado pelos papéis da Vale ON, a principal ação da carteira. Mais a diante, o papel da mineradora passou a cair, nas mínimas da sessão. Fechou em baixa de 0,62%, a R$ 51,23, com piso a R$ 51,14. A ação segue contida pelas dúvidas em torno do nível de demanda da China em meio ao processo de desaceleração estrutural da segunda maior economia do mundo.
Tal oscilação em Vale ON foi pouco compensada por Petrobras, com variação de -0,02% (ON) e +0,44% (PN) ao fim. Entre os grandes bancos, sem direção única no fechamento, a principal ação do setor, Itaú PN, subiu 0,26% e Bradesco ON mostrou ganho de 0,19%, ambos limitados perto do encerramento. Banco do Brasil ON oscilou para cima e fechou na máxima do dia, em alta de 0,46%.
CÂMBIO
O dólar experimentou queda firme no mercado local nesta quinta-feira, na contramão da tendência predominante de alta da moeda americana no exterior. O real apresentou o melhor desempenho entre as divisas mais relevantes, excluindo o rublo russo. Principais pares latino-americanos da moeda brasileira, os pesos mexicano e o chileno amargaram perdas.
Em dia marcado por valorização de commodities como minério de ferro e petróleo, operadores relataram internalização de recursos por exportadores e apetite externo por ativos locais. Investidores estrangeiros estariam recompondo posições em renda fixa, como sugere o apetite forte por papéis prefixados em leilão do Tesouro Nacional.
Com mínima a R$ 6,0383 na reta final do pregão, o dólar à vista encerrou a sessão em baixa de 1,10%, cotado a R$ 6,0418, menor valor de fechamento desde 13 de dezembro. Com a perda, a divisa passa a acumular queda de 2,24% nos seis primeiros pregões de 2025, após ter avançado 27,34% no ano passado.
COMMODITIES
Os contratos futuros do petróleo operam em alta na manhã desta sexta-feira, se encaminhando para a terceira semana consecutiva de ganhos, em meio a expectativas de que prolongadas temperaturas baixas impulsionem a demanda por combustíveis para aquecimento no Hemisfério Norte, caso essas condições persistam, segundo analistas do Citi Research. A possibilidade de os EUA endurecerem sanções ao Irã, o que limitaria sua oferta de petróleo, também favorece os preços da commodity. Às 06:08, o barril do petróleo WTI para fevereiro subia 1,52% na Nymex, a US$ 75,03, enquanto o do Brent para março avançava 1,50% na ICE, a US$ 78,08.
AGENDA
09:00 – IPCA (BRA)
10:30 – Relatório de Empregos Payroll (EUA)
10:30 – Ganho Médio Por Hora Trabalhada (EUA)
10:30 – Taxa de Desemprego (EUA)
12:00 – Expectativas de Inflação de Michigan (EUA)
12:00 – Confiança do Consumidor de Michigan (EUA)