A agenda do dia traz o dado mais importante das próximas semanas, com os números relativos à inflação ao consumidor nos Estados Unidos. Também serão divulgados os pedidos iniciais por seguro-desemprego por lá. Além disso, o calendário de balanços trimestrais ganha força.
ÁSIA E PACÍFICO
As bolsas asiáticas fecharam o pregão desta quinta-feira em alta generalizada, embora comedida na maioria dos mercados. A movimentação de alta foi mais intensa na China, onde o governo anunciou uma disponibilidade de 500 bilhões de yuanes para gerar liquidez para investidores institucionais comprarem ações, impulsionando o índice Xangai Composto para uma alta de 1,32%, e em Hong Kong que, além das notícias chinesas, o setor de tecnologia ajudou o índice Hang Seng a aumentar o seu valor de mercado em 2,98%. No próximo sábado, o Ministro de Finanças da China realizara coletiva de imprensa, onde os investidores tentarão obter pistas sobre algum estímulo fiscal.
No restante do continente, o índice japonês Nikkei 225 avançou 0,24%, e o sul-coreano Kospi acumulou +0,11%.
Na Oceania, o principal índice da bolsa da Austrália, S&P ASX, seguiu os vizinhos asiáticos e subiu 0,43%, aos 8.223 pontos.
EUROPA
Os mercados no velho continente operam no campo negativo na manhã de hoje, enquanto o investidor aguarda por dados de inflação nos Estados Unidos e acompanha dados sobre vendas no varejo e o projeto de lei orçamentaria francês para 2025.
Às 06:32, o Euro Stoxx 50 recuava 0,33%, o inglês FTSE trabalhava dentro da neutralidade e o alemão DAX perdia 0,29% do valor de mercado. Na França, o índice CAC40 recuava 0,34% enquanto na Espanha, o IBEX35 tinha uma queda mais intensa, de 0,98%.
EUA
Os futuros americanos amanhecem operando dentro da estabilidade, à espera do principal dado da semana, com os números sobre a inflação ao consumidor. O mercado espera que o dado mostre que os preços estão sob controle, ainda em ritmo de contração, indicando que o Federal Reserve tem caminho livre para seguir com o ciclo de cortes de juros da taxa básica do país, o que impulsionaria os índices em direção à renovação de máximas. Caso o dado mostre uma aceleração na inflação, as apostas para uma diminuição do ritmo de corte nos juros ganha ainda mais força, somando-se aos fortes números sobre o mercado de trabalho trazidos pelo payroll na semana passada. Às 06:40, o S&P500 recuava 0,06%, o Nasdaq Composto caia 0,10% e o Dow Jones perdia 0,08% do valor de mercado.
BRASIL
O índice Bovespa recuou 1,18% no pregão desta quinta-feira, fechando aos 129.957 pontos, pressionado pelo setor de commodities e financeiro. O mau humor que se estabeleceu nos mercados chineses pesou para os países produtores, ajudando a Petrobrás a recuar 1,06% (PN) e 0,85% (ON). Mas o protagonismo ficou por conta do setor financeiro, prejudicado pela forte alta na curva de juros, que acompanhou a pressão sofrida pelos Treasures americanos. Os papéis do Itaú (ITUB4) recuaram 1,81% enquanto o do Bradesco (BBDC4) caíram 2,04% e os do Banco do Brasil (BBAS3) perdiam 1,78% do valor de mercado.
O mercado reagiu mal à notícia de que o governo pretende criar um imposto mínimo para pessoas físicas com renda acima de R$1 milhão, cuja alíquota ficaria entre 12% e 15%, para bancar a isenção de IR para a faixa de até R$5 mil.
CÂMBIO
O dólar fechou a sessão de ontem com alta de 0,98%, aos R$5,5871, após chegar bem perto da casa dos R$5,60 ao longo do pregão. A pressão na curva de juros gerada pelos Treasures, as incertezas sobre a economia chinesa e o risco fiscal crescente no Brasil mantiveram a força da divisa americana. Hoje, o índice DXY, que contempla a força do dólar frente as principais moedas do mundo, trabalha no zero a zero, com as expectativas direcionadas para os números de inflação ao consumidor americano.
COMMODITIES
Os contratos futuros de petróleo operam no campo positivo, após recuo no pregão de ontem impulsionado pelos estoques mais elevados nos Estados Unidos. Hoje, a commodity é pressionada por novos ataques israelenses, agora na Síria, visando alvos estruturais iranianos e libaneses. O barril do WTI é negociado a $74,46, alta de 1,64%, e do Brent a $77,74, avanço de 1,49%, às 07:17.
O minério de ferro segue perdendo força com as incertezas sobre a capacidade chinesa de impulsionar sua economia para atingir a meta de crescimento de 5% em 2024 e perdeu força em mais uma janela de verificação em Dalian, recuando 1,02%, aos 775,5 yuanes.
AGENDA
03:00 – Vendas no Varejo (ALE)
09:00 – Vendas no Varejo (BRA)
09:30 – CPI (EUA)
09:30 – CPI Núcleo (EUA)
09:30 – Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego (EUA)
10:15 – Discurso de Lisa Cook, Governadora do Fed (EUA)
11:30 – Discurso de Thomas Barkin, Membro do FOMC (EUA)
12:00 – Discurso de John Williams, Membro do FOMC (EUA)
14:00 – Leilão Americano Bond a 30 Anos (EUA)