ÁSIA
As bolsas da Ásia fecharam em viés positivo nesta terça-feira, acompanhando melhora no sentimento de risco global. Na China, os mercados acionários tiveram ganhos robustos, impulsionados por novas promessas de reguladores para estabilizar o setor financeiro. Exceção, a Bolsa de Tóquio teve queda significativa, após dirigente do Banco do Japão sinalizar possibilidade de alta de juros em breve.
Retornando de feriado local, o índice japonês Nikkei fechou em queda de 1,83%, pressionado pela valorização do iene e pela forte alta nos rendimentos de títulos soberanos japoneses, principalmente o de 2 anos, que subiu a 0,680%. Hoje, o vice-presidente do BoJ Ryozo Himino disse que há possibilidade de elevar os juros durante a reunião monetária da próxima semana, mas evitou afirmar qual a probabilidade de o BC tomar esta decisão e reiterou que dependerá de dados sobre a economia.
Em outras regiões da Ásia o clima foi de recuperação de perdas recentes. Na China, o Xangai Composto subiu 2,54%, marcando seu maior ganho porcentual dos últimos dois meses, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto saltou 4,2%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng encerrou a sessão em alta de 1,83%.
As ações chinesas tiveram suporte de novas promessas de autoridades para estabilizar o mercado acionário. A Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China disse que trabalhará com o Banco do Povo da China para garantir a efetividade de ferramentas monetárias e o fortalecimento de mecanismos para estabilizar o mercado. Analistas da Cinda Internacional também notaram que novas medidas foram tomadas pelo governo para aprofundar a conectividade financeira entre a China continental e Hong Kong.
EUROPA
As bolsas da Europa abriram majoritariamente em alta nesta terça-feira, frente a melhora no sentimento de risco global. Na visão do Deutsche Bank, as reações aos recentes dados de emprego dos EUA arrefeceram e perspectivas de implementação gradual de tarifas pelo presidente eleito americano Donald Trump, motivadas por reportagem da Bloomberg, apoiam o apetite pelos ativos de risco. Contudo, analistas destacam que investidores ainda acompanham a escalada de rendimentos de títulos soberanos ao redor do mundo. Às 07:03, a Bolsa de Paris ganhava 0,92%, a de Milão avançava 0,82%, a de Frankfurt subia 0,65% e a de Madrid tinha alta de 0,50%. Exceção, a Bolsa de Londres caía 0,07%.
EUA
Os futuros das bolsas de Nova York operam em alta na manhã de hoje, em compasso de espera por dados de inflação ao produtor dos EUA e de falas de dirigentes do Federal Reserve ao longo do dia. Segundo o Deutsche Bank, o movimento também reflete um apetite por risco renovado, após o arrefecimento das reações ao payroll de dezembro e depois que reportagem da Bloomberg revelou que a equipe de Donald Trump estuda implementação gradual de tarifas. Às 07:06, o futuro do Dow Jones subia 0,36%, o do S&P 500 avançava 0,55% e o do Nasdaq tinha alta de 0,77%.
BRASIL
O Ibovespa iniciou a semana sem muito fôlego, mas em terreno positivo,subindo 0,13%, aos 119.006,93 pontos, após ter sido amparado mais cedo pelo avanço do minério e do petróleo na sessão.
No encerramento, tanto Vale (ON -0,02%) como Petrobras (ON +0,07%, PN +0,35%) hesitaram em relação ao desempenho que prevaleceu na maior parte do dia, quando ambas as empresas asseguravam ganho mais firme para o Ibovespa. O dia também foi positivo para os grandes bancos, à exceção de BB, sem variação no fechamento – destaque para Itaú PN (+0,72%), o principal papel do setor financeiro.
CÂMBIO
Após trocas de sinal ao longo do dia, o dólar à vista se firmou em leve baixa ao longo das últimas horas do pregão, na contramão do sinal predominante de alta da moeda americana no exterior. Operadores afirmam que o real pode ter se beneficiado da entrada de fluxo estrangeiro para retomada parcial de posições em ativos domésticos que haviam sido desfeitas em dezembro.
Com mínima a R$ 6,0777 e máxima a R$ 6,1367, o dólar à vista encerrou a sessão cotado a R$ 6,0985, em queda 0,06%.
COMMODITIES
O petróleo cai e corrige ganhos recentes na manhã desta terça-feira, após três sessões consecutivas de altas robustas que elevaram o WTI ao maior nível desde agosto e o Brent acima de US$ 80. Hoje, investidores monitoram possível acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza e esperam por dados de inflação ao produtor dos EUA. Às 07:10, o petróleo WTI para março caía 0,39%, a US$ 77,02 o barril, e o Brent para mesmo mês cedia 0,46%, a US$ 80,64.
AGENDA
10:30 – PPI (EUA)
17:05 – Discurso de John Williams, Membro do FOMC (EUA)