A agenda do dia tem como principal evento econômico a divulgação da inflação ao consumidor nos Estados Unidos, após os dados que impactam o produtor terem vindos abaixo do esperado ontem. Além disso, à noite, a China divulga dados de produção industrial e vendas no varejo.
ÁSIA E PACÍFICO
Os mercados asiáticos fecharam o pregão desta terça-feira sem direção única, com reflexos positivos vindos de Wall Street, mas a fragilidade da economia chinesa, mesmo com esforços vindos de Pequim, voltarem a preocupar os mercados. Na China, o índice Xangai Composto caiu 0,60%, acompanhado de perto pelo honconguês Hang Seng, que recuou 0,35%.
No restante do continente, o tom foi positivo no embalo de Nova York, com o japonês Nikkei 225 avançando 0,48% e o sul-coreano Kospi subindo 0,87%, tendo a melhor performance do continente. Na Austrália, o índice de Sydney avançou 0,31%.
EUROPA
Os mercados no velho continente amanhecem em alta no pregão de hoje, acompanhando o bom humor que se espalhou nos mercados globais após os dados de inflação ao produtor divulgados ontem nos Estados Unidos. Hoje, foram divulgados a inflação ao consumidor no Reino Unido, abaixo do esperado pelo mercado, e o PIB da zona do euro, que acompanhou as expectativas dos analistas, subindo 0,60%.
Às06:31, o Stoxx 600 avançava 0,32%, o inglês FTSE subia 0,50%, o alemão DAX tinha alta de 0,46% e o francês CAC 40 acumulava 0,61% ao valor de mercado.
EUA
As bolsas americanas operam dentro da estabilidade hoje, após forte alta no pregão de ontem impulsionada pelo dado de inflação ao produtor que, vindo abaixo do esperado, corrobora para um corte de juros pelo banco central americano. Hoje, o dado mais importante da semana vai ser divulgado, trazendo os números de inflação ao consumidor, que pode ser o indicador definitivo para a precificação de um corte na taxa em setembro. Às 06:38, o contrato futuro do S&P500 avançava 0,08%, o Nasdaq Composto recuava 0,03% e Dow Jones subia 0,13%.
BRASIL
O Ibovespa fechou em alta pela sexta sessão consecutiva, superando a barreira de 132 mil pontos. Nesta terça-feira, o índice subiu 0,98%, aos 132.397,97 pontos, em meio à percepção de um relaxamento monetário agressivo nos Estados Unido. Esse foi o maior nível de encerramento desde 8 de janeiro deste ano, então a 132.426,54 pontos.
O IBOV só não avançou mais por causa do declínio nos preços de commodities como o petróleo e o minério de ferro, que mantiveram Petrobras e Vale, dois de seus principais componentes, em território negativo. As ações ordinárias da petroleira encerraram em queda de 0,52%, enquanto as preferenciais recuaram 0,62%. Já a mineradora cedeu 0,44%.
Quem liderou os ganhos do índice foi a CSN Mineração, que subiu 6,29%, após informar lucro líquido de R$ 1,507 bilhão no segundo trimestre de 2024, representando uma alta de 205% na comparação com o mesmo período de 2023 e 132% superior à pesquisa Prévias Broadcast.
Do lado oposto, as ações da Natura cederam 8,85% e registraram a principal queda do Ibovespa, com o mercado ainda reagindo à notícia de que sua subsidiária, Avon, entrou com um pedido de Chapter 11 nos Estados Unidos, equivalente à recuperação judicial no Brasil.
CÂMBIO
Com mínima a R$ 5,4485 nos minutos finais de negócios, o dólar encerrou a sessão desta terça-feira em queda de 0,85%, cotado a R$ 5,4495, menor valor de fechamento desde julho. Foi o sexto pregão seguido de baixa da moeda americana, que já acumula desvalorização de 3,64% em agosto. Do nível de R$ 5,7414 no fechamento do último dia 5 para cá, o dólar já caiu 5,08%.
COMMODITIES
Os contratos futuros de petróleo operam em alta na manhã desta quarta-feira, enquanto uma intensificação no conflito no Oriente Médico se torna iminente. Além disso, o relatório semanal da API apontou para uma queda considerável nos estoques americanos, o que indica um aumento na demanda no maior consumidor de petróleo do mundo. Às 06:08, o barril do WTI era negociado a $79,06, alta de 0,92%, enquanto o do Brent valia $81,42, subindo 0,90%.
O minério de ferro experimentou mais uma queda brusca na última janela de verificação em Dalian, recuando para preços praticados em 2023, cotado a 713 yuanes, queda de 3,32%.
AGENDA
03:00 – CPI (ING)
03:00 – CPI Núcleo (ING)
06:00 – PIB (EUR)
06:00 – Produção Industrial (EUR)
09:00 – Vendas no Varejo (BRA)
09:30 – CPI (EUA)
09:30 – CPI Núcleo (EUA)
11:30 – Estoques de Petróleo Bruto (EUA)
11:30 – Estoques de Petróleo em Cushing (EUA)
20:50 – PIB (JAP)
23:00 – Vendas no Varejo (CHI)
23:00 – Produção Industrial (CHI)
23:00 – Taxa de Desemprego (CHI)