PANORAMA GLOBAL 14/10/24

A agenda do dia é esvaziada de eventos econômicos importantes, contando somente com a fala de algumas autoridades monetárias do Banco Central Americano e o Relatório Mensal da OPEP. Mas para a semana, o investidor acompanha a decisão de política monetária na Europa e fica de olho nos balanços corporativos, que ganham força.

 

ÁSIA E PACÍFICO

As bolsas asiáticas fecharam o primeiro pregão da semana sem direção única, com o investidor digerindo o briefing de fim de semana do Ministro de Finanças chinês, que prometeu mais incentivos à economia, com $320 bilhões sendo emitidos em títulos especiais ao longo dos próximos três meses, na tentativa de impulsionar a economia em crise. O mercado se divide em acreditar ou não nas promessas de Pequim, o que estabelece um clima de incerteza nos mercados globais. Na China, o índice Xangai Composto avançou 2,07%, mas foi contrariado pelo honconguês Hang Seng, que entregou 0,75% de queda. Enquanto as bolsas japonesas ficam fechadas para o feriado do dia nacional do esporte, o índice sul-coreano Kospi acumulou alta de 1,02%. Hoje, dados da balança comercial chinesa mostraram um número de exportações e importações bastante abaixo do esperado pelos analistas.

 

EUROPA                                     

As bolsas no velho continente sentem dificuldades em operar com mais volatilidade enquanto o investidor tenta assimilar o discurso do Ministro chinês do fim de semana, deixando o mercado em tom de espera. Além disso, na quinta-feira desta semana, o Banco Central Europeu fará a reunião para decidir sobre a taxa de juros no bloco. Às 07:20, o Euro Stoxx 50 recuava 0,03%, o alemão DAX avançava 0,32% e o inglês FTSE perdia 0,07% do valor de mercado.

 

EUA

Os futuros americanos operam levemente no positivo, acompanhando o bom humor do setor tecnológico no pré-mercado, enquanto o investidor espera pelos acontecimentos da semana, incluindo a intensificação dos balanços corporativos, que ganham força a partir de amanhã com os números dos grandes bancos americanos. Às 07:22, o contrato futuro do S&P500 avançava 0,23%, o Nasdaq Composto acumulava alta de 0,34% e o Dow Jones perdia 0,06% do valor de mercado.

 

BRASIL

A bolsa brasileira fechou na contramão do exterior no último pregão da semana passada, com recuo de 0,28%, aos 129.992 pontos, repercutindo a fala do Presidente Lula sobre a isenção de IR para salários até R$5mil e a compra de novo avião presidencial, elevando a percepção de risco fiscal do mercado. A queda poderia ter sido pior, se não fosse a ajuda da Vale, que subiu 1,44%, na esteira da valorização do minério de ferro.

 

CÂMBIO

O câmbio também foi pressionado pelo risco fiscal do país e acelerou 0,50%, ultrapassando o patamar dos R$5,60, cotado a R$5,6151. Hoje, a divisa americana opera em leve alta frente as principais moedas do mundo, bem como frente aos pares emergentes. O DXY avança 0,11%, aos 102,80 pontos.

 

COMMODITIES

Os contratos futuros de petróleo operam em queda na manhã desta segunda-feira, depois que os números de importações da China mostraram desaceleração nas remessas de petróleo. O contrato futuro do WTI recua 2,32%, negociado a $73,81, enquanto o do Brent perde 2,23% do valor de mercado, valendo $77,28.

O minério de ferro experimentou uma janela de verificação positiva em Dalian, com alta de 1,97% impulsionada pelos anúncios chineses, voltando ao patamar dos 800 yuanes.

 

AGENDA

05:20 – Balança Comercial (CHI)

05:20 – Exportações (CHI)

05:20 – Importações (CHI)

06:00 – Novos Empréstimos (CHI)

08:00 – Relatório Mensal da OPEP (EUA)

08:25 – Boletim Focus (BRA)

09:00 – IBC-Br (BRA)

10:00 – Discurso de Neel Kashkari, Membro do FOMC (EUA)

16:00 – Discurso de Christopher Waller, Membro do Fed (EUA)

18:00 – Discurso de Neel Kashkari, Membro do Fed (EUA)