ÁSIA
As bolsas asiáticas fecharam o pregão desta quarta-feira sem direção única, diante da incerteza global. Na China, persistem as preocupações com o crescimento local e novas sanções dos EUA sobre empresas chinesas, mantendo o Xangai Composto com recuo de 0,39%. No Japão, falas do presidente do BoJ ampliaram as expectativas por uma alta de juros em breve, ajudando o índice Nikkei a recuar 0,08%. Já o honconguês Hang Seng acumulou 0,34% ao valor de mercado impulsionado pelo setor de mineração enquanto o sul-coreano Kospi encerrava o pregão no zero a zero.
EUROPA
As bolsas da Europa abriram em alta nesta quarta-feira, em meio ao alívio nos rendimentos soberanos e conforme investidores se posicionam para agenda movimentada de indicadores e falas de dirigentes de BCs. Entre os destaques, o índice de preços ao consumidor dos EUA deve trazer mais sinais sobre os próximos passos de política monetária do Federal Reserve. Ainda, os mercados acompanham início da temporada de balanços nos EUA, com resultados de grandes bancos americanos. Às 06:53, a Bolsa de Londres liderava ganhos e subia 0,66%, após CPI do Reino Unido ampliar expectativa por relaxamento monetário do Banco da Inglaterra. A Bolsa de Frankfurt avançava 0,52%, a de Paris subia 0,09%, a de Milão tinha alta de 0,50% e a de Lisboa ganhava 0,59%.
EUA
Os futuros das bolsas de Nova York operam dentro da neutralidade nesta terça-feira, em compasso de espera por leitura da inflação ao consumidor nos EUA em dezembro, cuja expectativa de analistas consultados pelo Projeções Broadcast é de aceleração na taxa anual. Dirigentes do Federal Reserve também falam ao longo do dia e o BC americano divulga, no fim da tarde, o Livro Bege. No fronte corporativo, bancos abrem a temporada de balanços nos EUA. Às 06:54, o futuro do Dow Jones recuava 0,05%, o S&P 500 caia 0,05% e o Nasdaq tinha queda de 0,09%.
BRASIL
O Ibovespa encadeou um segundo dia positivo, amparado pela muito descontada Vale ON, um dos carros-chefes do índice, que teve avanço limitado à tarde a 0,66%, a R$ 51,85 no fechamento. A sessão também foi favorável às ações do setor financeiro, com destaque para Bradesco, em alta de 2,13% na ON e de 1,87% na PN, em dia no qual o banco levantou US$ 750 milhões em títulos de 5 anos no exterior, com forte demanda que reduziu o custo de captação, reporta o jornalista Altamiro Silva Junior, do Broadcast. Petrobras, por sua vez, terminou sem direção única (ON +0,42%, PN -0,67%), o que definiu o grau de ajuste do Ibovespa, em sessão negativa para os preços do petróleo em Londres e Nova York.
Nesse cabo de guerra entre ações de primeira linha, o Ibovespa fechou em alta de 0,25%, aos 119.298,67 pontos. O giro ficou em R$ 19,2 bilhões.
CÂMBIO
O dólar encerrou a sessão desta terça-feira em queda firme no mercado doméstico, alinhado ao comportamento da moeda americana no exterior. Informações de que a nova administração Donald Trump pode optar por imposição gradual de tarifas de importação, aliadas à leitura benigna da inflação ao produtor nos EUA, deram fôlego a divisas emergentes.
O real apresentou o melhor desempenho entre as principais moedas globais, seguido pelo seu principal par, o peso mexicano. Operadores afirmam que o dólar passa por uma acomodação no mercado local, com investidores promovendo realinhamento de posições neste início de ano, após o forte estresse que marcou dezembro. Com mínima a R$ 6,0410, na última hora de negócios, o dólar terminou o dia em queda de 0,85%, cotado a R$ 6,0464.
COMMODITIES
O petróleo opera em alta modesta no início do pregão de hoje, apoiado pelo dólar fraco no exterior e diante da persistência de tensões geopolíticas na Europa e no Oriente Médio. Investidores de energia também esperam relatórios mensais da Agência Internacional de Energia e da Organização dos Países Exportadores de Petróleo para monitorar sinais sobre a oferta e demanda da commodity em escala global, além de agenda macroeconômica movimentada por indicadores e dirigentes de BCs. Às 06:58, o petróleo WTI para março subia 0,38%, a US$ 76,62 o barril, e o Brent de mesmo vencimento tinha alta de 0,24%, a US$ 80,12 o barril.
AGENDA
04:00 – CPI (ING)
04:00 – CPI Núcleo (ING)
10:30 – CPI (EUA)
10:30 – CPI Núcleo (EUA)
11:00 – Discurso de Thomas Barkin, Membro do FOMC (EUA)
12:00 – Discurso de Neel Kashkari, Membro do FOMC (EUA)
12:30 – Estoques de Petróleo Bruto (EUA)
12:30 – Estoques de Petróleo em Cushing (EUA)
13:00 – Discurso de John Williams, Membro do FOMC (EUA)