PANORAMA GLOBAL 19/07/24

A agenda desta sexta-feira fecha a semana com discursos de duas autoridades monetárias do Banco Central Americano. No cenário doméstico, diretores do BC participam de reuniões mensais com economistas. O mercado também digere a crise nos sistemas da Microsoft que afetam usuários e empresas ao redor do mundo.

BREAKING NEWS

A Microsoft informou nesta sexta-feira que uma falha impede a utilização de softwares e serviços da companhia. O problema afeta empresas e usuários no mundo todo, inclusive empresas aéreas que tiveram de cancelar voos. “Estamos investigando um problema que impacta o acesso aos aplicativos do Microsoft 365 e a outros serviços”, informou o perfil oficial Microsoft 365 Status no X (antigo Twitter).

Na página de status do Azure, a plataforma de computação em nuvem da Microsoft, a empresa disse que o problema começou na noite de quinta-feira, 18, afetando sistemas em todo o centro dos Estados Unidos. Em uma atualização, a Microsoft disse que havia determinado a causa e estava trabalhando para restaurar o acesso aos seus usuários.

A interrupção forçou a companhia aérea americana Frontier a cancelar alguns voos nos EUA. Há registros de que a holandesa KLM suspendeu a maioria dos seus voos, afetada pela falha em sistemas computacionais. A Ryanair comunicou que a interrupção está fora de seu controle e recomendou a passageiros que cheguem ao aeroporto de partida ao menos três horas antes da viagem.

O aeroporto de Londres Gatwick tem problemas nas áreas de check-in, bagagens e segurança. Já o aeroporto de Berlim interrompeu operações.

*Com informações da Dow Jones Newswires

ÁSIA E PACÍFICO

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta sexta-feira, após uma rodada de perdas em Wall Street ontem, mas as chinesas driblaram o tom negativo.

Liderando perdas na Ásia, o índice Taiex amargou queda de 2,26% em Taiwan ainda sob efeito de recentes críticas do ex-presidente dos EUA Donald Trump à dominância dos taiwaneses na produção de semicondutores, e o Hang Seng caiu 2,03% em Hong Kong pressionado por ações do setor imobiliário, enquanto o japonês Nikkei recuou 0,16% e o sul-coreano Kospi cedeu 1,02%.

Na China continental, os mercados asseguraram ganhos modestos, sustentados por ações de semicondutores, embora a reunião do Partido Comunista chinês desta semana, conhecida como Terceiro Plenário, tenha chegado ao fim sem medidas de estímulos concretas. O Xangai Composto avançou 0,17% e o menos abrangente Shenzhen Composto registrou alta de 0,34%.

Na Oceania, a bolsa australiana teve seu segundo pregão negativo consecutivo, com baixa de 0,81% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 7.971,60 pontos.

 

EUROPA

As bolsas do velho continente operam em baixa após uma queda nos sistemas da Microsoft atingir usuários e companhias ao redor do mundo, incluindo empresas aéreas que tiveram de cancelar voos. Às 07:11, a Bolsa de Londres caía 0,42%, a de Paris recuava 0,70% e a de Frankfurt cedia 0,73%.

EUA

Ontem, as bolsas de Nova York encerraram os negócios no vermelho, com o índice Nasdaq, que concentra ações de tecnologia, estendendo o tombo de um dia antes após o rali das últimas semanas.

Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em baixa na manhã desta sexta-feira, sugerindo que Wall Street irá estender perdas de ontem, enquanto investidores aguardam balanço da American Express e comentários de dirigentes do Federal Reserve, em um dia sem indicadores dos EUA na agenda. No fim da tarde de ontem, a Netflix divulgou lucro e receita trimestrais acima do esperado, mas decepcionou com suas projeções. Às 07:16, no mercado futuro, o Dow Jones caía 0,20%, o S&P 500 recuava 0,08% e o Nasdaq tinha queda de 0,20%.

BRASIL

O pregão desta quinta-feira foi de perdas bem distribuídas pelas ações de maior peso e liquidez, à exceção de Petrobras. Vale ON fechou em baixa de 0,94%, enquanto as ações do Bradesco ON chegaram a 1,88% no fechamento. Outros destaques na ponta perdedora estiveram Marfrig (-9,08%), BRF (-7,88%), Azul (-7,87%) e Magazine Luiza (-5,87%). No lado oposto apareceram apenas outros três nomes dos 86 da carteira Ibovespa que conseguiram avançar na sessão: Embraer (+1,48%), Weg (+0,74%) e RaiaDrogasil (+0,20%).

Embalando o dia de risk off na bolsa brasileira, destaca-se a abertura na curva de juros dos Treasuries com a incerteza eleitoral nos Estados Unidos, que traz efeitos globais, além de dados econômicos um pouco mais fortes que podem impactar no que se espera do Fed, que vinha sinalizando cortes na taxa de juros a partir de setembro. Aqui, o risco fiscal também prossegue, enquanto se espera a confirmação de bloqueios e contingenciamentos.

CÂMBIO

Em alta desde a primeira etapa de negócios, o dólar acelerou os ganhos ao longo da tarde e tocou máxima a R$ 5,5896, em momento de perdas mais agudas de pares e em meio a rumores sobre a magnitude do bloqueio no Orçamento. No fim da sessão, a divisa era negociada a R$ 5,5881, alta de 1,90%, o que levou os ganhos na semana a 2,89%.

Hoje, a moeda americana avança ante outras moedas fortes, ampliando ganhos de ontem, em meio a rumores persistentes de que o presidente dos EUA, Joe Biden, vai desistir de buscar a reeleição em novembro. Investidores também aguardam mais comentários de dirigentes do Federal Reserve. Mais cedo, as vendas no varejo do Reino Unido decepcionaram com queda maior do que se previa.

COMMODITIES

Os contratos futuros de petróleo operam dentro da estabilidade neste último pregão da semana. Às 07:06, o barril do WTI era negociado a $81,12 (-0,22%) enquanto o do Brent valia $85,06 (-0,06%).

Já o minério de ferro experimentou mais uma janela de verificação negativa em Dalian, cotado a 804,5 yuanes, queda de 0,19%.

AGENDA

03:00 – Vendas no Varejo (ING)

03:00 – Núcleo de Vendas no Varejo (ING)

03:00 – PPI (ALE)

11:40 – Discurso de John Williams, Membro do FOMC (EUA)

13:45 – Discurso de Raphael Bostic, Membro do FOMC (EUA)

14:00 – Contagem de Sondas Baker Hughes (EUA)