PANORAMA GLOBAL 22/08/24

A agenda do dia traz uma rodada de PMIs na Europa e nos Estados Unidos, além de dados sobre o mercado de trabalho americano. No fim do dia, o Japão divulga seus números relativos à inflação. No cenário doméstico, o investidor conhecerá a atualização da receita tributária federal.

 

ÁSIA E PACÍFICO

Os mercados asiáticos fecharam o pregão desta quinta-feira majoritariamente em alta, com o investidor aproveitando o embalo de Wall Street. A exceção ficou por conta da China, onde a fragilidade econômica ainda sobrepõe qualquer notícia boa vinda do exterior, permitindo que o índice Xangai Composto fechasse com queda de 0,27%.

O mercado também fica na espera pelo pronunciamento do governador do Banco do Japão, Kazuo Ueda, na sexta-feira, quando fala com legisladores japoneses, depois que sinais agressivos vindos do BC contribuíram para a turbulência do mercado local. O principal índice japonês, Nikkei 225, fechou o pregão em alta de 0,57%.

Na Coreia do Sul, o Banco Central sugere um possível corte na taxa de juros nos próximos 3 meses, após decidirem pela manutenção na última reunião. O índice Kospi avançou 0,24%.

Em Hong Kong, o Hang Seng ficou com a melhor performance do continente, acumulando 1,44% ao valor de mercado, enquanto o australiano ASX avançou 0,21%.

 

EUROPA

As bolsas no velho continente amanhecem nesta quinta-feira no campo positivo, com o investidor repercutindo os números dos índices de gerente de compras na região. Embora a Alemanha, principal economia do bloco, tenha apresentado uma desaceleração em relação à medição anterior e manutenção da performance contracionista, França e Inglaterra, além da medição da zona do euro, apresentaram leve aceleração, já em campo expansionista, mostrando que os cortes de juros já estão surtindo efeito por lá.

Às 06:42, o Euro Stoxx 50 avançava 0,34%, o alemão DAX subia 0,28% e o francês CAC 40 acumulava 0,39% ao valor de mercado. Na Inglaterra, o índice FTSE também operava no campo positivo, com alta de 0,22% enquanto o espanhol IBEX 35 tinha a melhor performance do continente, com alta de 0,63%.

 

EUA

Os mercados americanos subiram no pregão de ontem com a divulgação da última ata da reunião do Federal Reserve e uma grande revisão para baixo das folhas de pagamento dos EUA, reforçando as apostas de corte de taxas em setembro. Quase todos os principais setores do S&P 500 avançaram, com o índice fechando em uma alta de cinco semanas. O mercado está precificando mais de 1 ponto percentual de flexibilização até o final deste ano, começando no mês que vem. O simpósio econômico Jackson Hole do Fed começa na quinta-feira, com o presidente do BC americano, Jerome Powell, programado para falar na sexta-feira. Às 06:27, no mercado futuro, o S&P500 subia 0,09%, o Nasdaq Composto avançava 0,02% e o Dow Jones acumulava mais 0,11%.

 

BRASIL

O Ibovespa bateu o terceiro recorde consecutivo de fechamento no pregão desta quarta-feira, mantendo seu impulso devido aos ganhos de ações ligadas ao minério de ferro. O índice fechou em alta de 0,28%, aos 136.463,65 pontos.

A atenção do mercado estava direcionada para a ata da mais recente reunião do Federal Reserve, divulgada na parte da tarde, onde foi revelado o consenso entre o colégio em acreditar ser apropriado cortar a taxa básica de juros no próximo encontro, que acontece em setembro, caso os dados econômicos continuem vindo dentro do esperado. Assim como no comunicado, foi reconhecido que houve progressos recentes na evolução da inflação, gerando mais confiança de que a trajetória aponta para o atingimento da meta de 2% ao ano.

Na B3, a alta desta quarta-feira foi impulsionada pelo setor metálico em dia de recuperação de preços para o minério de ferro na Ásia. A Vale, ação de maior peso para o Ibovespa, subiu 1,92%. Na ponta negativa, o destaque foi, mais uma vez, a Petrobras, que viu seus papeis caírem 0,60% (PN) e 0,88 (ON) acompanhando o petróleo, que recuou pelo quarto pregão consecutivo.

 

CÂMBIO

O dólar fechou o pregão de ontem em leve queda, com recuo de 0,02%, cotado a R$ 5,4821, após oscilar entre máxima a R$ 5,5102 e mínima a R$ 5,4595. Com o desempenho, a divisa estendeu as perdas ante o real em agosto para 3,06%.

O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou no campo negativo, caindo 0,28%, aos 101,154 pontos, chegando a operar no menor nível desde dezembro de 2023.

 

COMMODITIES

A baixa demanda global por petróleo sobrepôs os dados de estoques americanos que encolheram, sugerindo um aumento na demanda por lá, e operaram no campo negativo no pregão de ontem, atingindo o seu patamar mais baixo em seis meses. Hoje, a commodity opera em leve alta, às 06:56, com o barril do WTI sendo negociado a $72,19 (+0,36%) e o do Brent cotado a $76,43 (+0,50%)

O minério de ferro experimentou alta de 0,41% na última janela de verificação em Dalian, mantendo o preço acima dos 700 yuanes. A commodity metálica avançou 0,40% e fechou cotada a 730¥.

 

AGENDA

04:30 – PMI Composto (ALE)

04:30 – PMI Industrial (ALE)

04:30 – PMI do Setor de Serviços (ALE)

05:00 – PMI Composto (EUR)

05:00 – PMI Industrial (EUR)

05:00 – PMI do Setor de Serviços (EUR)

05:30 – PMI Composto (ING)

05:30 – PMI Industrial (ING)

05:30 – PMI do Setor de Serviços (ING)

09:30 – Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego (EUA)

10:30 – Receita Tributária Federal (BRA)

10:45 – PMI Composto (EUA)

10:45 – PMI Industrial (EUA)

10:45 – PMI do Setor de Serviços (EUA)

14:00 – Leilão TIPS a 30 Anos (EUA)

20:30 – CPI (JAP)

20:30 – CPI Núcleo (JAP)