PANORAMA GLOBAL 23/07/24

A agenda desta terça-feira é esvaziada de eventos econômicos relevantes, com destaque para os dados sobre moradias nos EUA. Além disso, o investidor fica atento aos balanços corporativos que começam a ganhar força lá fora e no cenário doméstico.

ÁSIA E PACÍFICO

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta terça-feira, após Wall Street se recuperar ontem apesar de incertezas no cenário político dos EUA.

O índice japonês Nikkei ficou praticamente estável, com baixa marginal de 0,01%, enquanto o sul-coreano Kospi subiu 0,39%, o Hang Seng caiu 0,94% em Hong Kong e o taiwanês Taiex saltou 2,76%, interrompendo uma sequência de quatro pregões negativos, em meio à recuperação de ações ligadas a semicondutores.

Na China continental, os mercados ficaram no vermelho pelo segundo dia seguido, em meio à avaliação de que os últimos estímulos monetários de Pequim são insuficientes para impulsionar a economia. O Xangai Composto recuou 1,65% e o menos abrangente Shenzhen Composto teve queda de 2,58%, pressionados por ações de fabricantes de bebidas alcoólicas e semicondutores.

O tom misto da Ásia veio depois que as bolsas de Nova York se recuperaram de recentes perdas ontem, em especial no setor de tecnologia, um dia após o presidente dos EUA, o democrata Joe Biden, desistir de buscar a reeleição em novembro, abrindo o caminho para que sua vice, Kamala Harris, enfrente o ex-presidente e republicano Donald Trump na disputa pela Casa Branca.

Na Oceania, a bolsa australiana teve um dia positivo, após acumular perdas por três sessões consecutivas. O S&P/ASX 200 avançou 0,50% em Sydney, com ganhos liderados por ações de grandes bancos domésticos.

EUROPA

As bolsas no velho continente operam em leve alta na manhã desta terça-feira, enquanto os investidores aguardam pelos balanços das empresas do continente.

A Porsche, gigante dos carros de luxo, viu suas ações recuarem quase 5% nas primeiras horas do pregão após cortar as suas perspectivas para 2024, citando escassez de ligas especiais de alumínio.

Às 06:23, o Stoxx 600 avançava 0,27% enquanto o alemão DAX subia 0,84% e o francês CAC40a cumulava 0,05% ao valor de mercado. Na Inglaterra, o FTSE destoa do restante do continente e recua 0,06%.

EUA

Os contratos futuros dos principais índices americanos operam dentro da neutralidade na manhã de hoje, com a atenção do investidor voltada para a temporada de balanço que ganha força com os números de Tesla, Google, Visa, GM e Coca-cola hoje.

Às 06:34, o Dow Jones avançava 0,08%, o SP500 estava no zero a zero e o Nadaq Composto perdia 0,10% do valor de mercado.

No campo político, a vice-presidente Kamala Harris parece estar com o caminho asfaltado para receber a indicação do Partido Democrata para concorrer à presidência dos Estados Unidos contra Donald Trump. Harris recebeu o apoio do presidente Joe Biden despois que ele se retirou da disputa, mas ainda precisa ser oficialmente nomeada como candidata do partido, seja por votação durante a Convenção Nacional Democrata em agouto ou se o partido decidir realizar uma chamada virtual para tal.

BRASIL

A bolsa de São Paulo viu seu principal índice fechar em alta nesta segunda-feira, acompanhando o desempenho de Wall Street após a desistência do atual presidente americano em concorrer à reeleição. O Ibovespa terminou o dia com alta de 0,19%, aos 127.859 pontos.

Também com o suporte das Bolsas americanas, o IBOV acelerou seus ganhos no começo da tarde, também apoiada por falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista a jornalistas de agências internacionais, Lula afirmou que o governo fará bloqueio orçamentário “sempre que precisar”.

CÂMBIO

O dólar encerrou o dia cotado a R$ 5,5701, uma queda de 0,60%. A moeda abriu a manhã desta segunda-feira sendo negociada a R$ 5,5876, com investidores ajustando suas posições e revisando cenários à luz das novas projeções para as eleições nos Estados Unidos. Na parte da tarde, a previsão do governo de um rombo no limite da meta fiscal, mesmo após congelar R$ 15 bilhões, entrou no radar do mercado.

COMMODITIES

Os contratos futuros do petróleo oscilam em torno da estabilidade na manhã desta terça-feira, depois de acumularem perdas significativas nas duas últimas sessões, enquanto operadores avaliam a perspectiva de oferta maior e demanda fraca e seguem monitorando o quadro político dos EUA após o presidente Joe Biden desistir, no fim de semana, de buscar a reeleição em novembro. Às 07:18, o barril do WTI recuava 0,06% e o do Brent caia 0,05%.

Já o minério de ferro fechou a última janela de verificação em Dalian em queda de 3,43%, cotado a 774,5 yuanes por tonelada, o equivalente a US$ 106,48.

AGENDA

02:00 – CPI (JAP)

09:00 – Reunião do CMN (BRA)

11:00 – Vendas de Casas Usadas (EUA)

14:00 – Leilão Americano Note a 2 anos (EUA)

17:30 – Estoques de Petróleo Bruto Semanal API (EUA)

21:30 – PMI Industrial (JAP)

21:30 – PMI do Setor de Serviços (JAP)