PANORAMA GLOBAL 24/06/24

A agenda do dia é escassa de eventos econômicos importantes, com o investidor na expectativa por dados de inflação no Japão e Estados Unidos. Esta semana também contempla o primeiro debate para as eleições presidenciais americanas entre Donald Trump e Joe Biden, que acontece na próxima quinta-feira.  No cenário doméstico, sai o Boletim Focus e os números em relação ao investimento estrangeiro direto.

ÁSIA E PACÍFICO

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em baixa nesta segunda-feira, com ações de tecnologia em Taiwan e Coreia do Sul ainda pressionadas pela recente fraqueza da Nvidia, fabricante de chips americana que protagoniza o frenesi em torno da inteligência artificial (IA).

O índice Taiex caiu 1,89% em Taiwan em meio a um tombo de 3,09% na ação da TSMC, maior produtora de semicondutores do mundo, e o sul-coreano Kospi recuou 0,70% sob o peso de ações de chips e baterias.

Nos dois últimos pregões de Nova York, a Nvidia sofreu quedas diárias de mais de 3%, interrompendo um rali que a impulsionou ao posto de empresa mais valiosa do mundo. Pesa também a informação de que o CEO da empresa, Jensen Huang vendeu mais de 90 milhões de dólares em ações da companhia e que outros CEOs de empresas de chips estão fazendo o mesmo.

Na China continental, os mercados também tiveram perdas hoje, lideradas por empresas de software e do setor imobiliário. O Xangai Composto registrou baixa de 1,17% e o menos abrangente Shenzhen Composto, de 2,29%.

Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei subiu 0,54% graças a ações de montadoras e financeiras, enquanto o Hang Seng terminou a sessão estável.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho, influenciada pelo fraco desempenho de mineradoras. O S&P/ASX 200 caiu 0,80% em Sydney, a 7.733,70 pontos.

EUROPA

As bolsas europeias operam em alta na manhã desta segunda-feira, ensaiando recuperação de perdas no pregão anterior, em meio ao bom desempenho de ações de montadoras e bancos.

Liderando os ganhos, o subíndice do setor automotivo subia 1,5%, após notícia de que a União Europeia e a China irão iniciar negociações sobre os planos do bloco de impor tarifas a veículos elétricos importados do país asiático. Não muito atrás, o subíndice do setor bancário exibia alta de 1,2%.

Em dia de apetite por risco, uma inesperada queda do índice Ifo de sentimento das empresas da Alemanha em junho ficou em segundo plano.

Entre ações individuais, a do Casino avançava 1,6% em Paris, após o grupo varejista francês anunciar a venda de sua subsidiária Codim 2, na ilha francesa da Córsega.

Às 07:24, o Stoxx 600 avançava 0,41%, o inglês FTSE subia 0,40% e o alemão DAX acumulava 0,46% ao valor de mercado.

EUA

Os índices futuros das bolsas de Nova York operam sem direção única na manhã desta segunda-feira, em dia de agenda sem indicadores dos EUA, mas com discursos previstos de dirigentes do Federal Reserve.  No primeiro dos discursos, porém, o diretor do Fed Christopher Waller não abordou a perspectiva dos juros americanos ou da economia dos EUA durante evento em Roma, a capital italiana. Na semana, o destaque é a pesquisa mensal do PCE, métrica preferida de inflação do Fed, a ser divulgada na sexta-feira. Às 07:31, no mercado futuro, o Dow Jones subia 0,24%, enquanto o S&P 500 avançava 0,04% e o Nasdaq caia 0,22%.

BRASIL

Com alta de 0,74%, aos 121.341,13 pontos, em dia de vencimento de opções sobre ações, o Ibovespa subiu novo degrau na retomada do rumo de alta após as fortes perdas predecessoras, quando atingiu mínimas desde novembro passado. Em recuperação parcial, acumulou ganho de 1,40% na semana, vindo de perdas nas quatro anteriores, desde 20 de maio. Em avanço nas últimas quatro sessões, o Ibovespa limita a queda de junho a 0,62%, mês que chega ao fim para o mercado na próxima sexta-feira. No ano, o índice da B3 ainda cede 9,57%.

CÂMBIO

Após cinco pregões consecutivos de alta, o dólar caiu na sessão desta sexta-feira. Segundo operadores, o recuo da moeda americana em relação a divisas latino-americanas, em especial o peso mexicano, abriu espaço para ajustes e realização de lucros no mercado local. Houve relatos também de internalização de recursos por exportadores para aproveitar a escalada das cotações nos últimos dias.

Com mínima a R$ 5,4238 e máxima a R$ 5,4625, a divisa americana terminou a sessão em queda de 0,39%, cotado a R$ 5,4408. A moeda encerra a semana com ganho de 1,09%, o que leva a alta acumulada em junho a 3,62%. No ano, os ganhos de 12,10%.

Hoje, dólar cai ante euro e libra, mas avança frente ao iene, em dia de agenda dominada por discursos de autoridades de grandes bancos centrais.

COMMODITIES

Os contratos futuros do petróleo operam em leve alta na manhã desta segunda-feira, revertendo parte das perdas da sessão anterior, favorecidos pela fraqueza do dólar ante o euro e a libra. Às 07:37, o barril do petróleo WTI subia 0,40% a US$ 80,91, e o do Brent avançava 0,27% a US$ 84,55.

AGENDA

04:00 – Discurso de Christopher Waller, Membro do Fed  (EUA)

05:00 – Expectativas de Negócios (ALE)

05:00 – Índice IFO de Clima de Negócios  (ALE)

08:25 – Boletim Focus (BRA)

08:30 – Investimento Estrangeiro Direto   (BRA)

15:00 – Discurso de Mary Daly, Membro do FOMC   (EUA)