PANORAMA GLOBAL 26/06/24

A agenda do dia não conta com eventos econômicos importantes no exterior e o investidor repercute a performance positiva em Wall Street motivada pelo setor de tecnologia, que acompanhou as ações da Nvidia subirem 6,76% no pregão de ontem. No cenário doméstico, sai o IPCA-15 e acontece a reunião do Conselho Monetário Nacional.

 

ÁSIA E PACÍFICO

As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta quarta-feira, à medida que ações de semicondutores e outras relacionadas ao setor avançaram após a recuperação da Nvidia ontem.

O índice japonês Nikkei subiu 1,26%, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,64%, o Hang Seng teve ganho marginal de 0,09% em Hong Kong e o Taiex registrou alta de 0,48% em Taiwan.

Na China continental, o Xangai Composto avançou 0,76% e o menos abrangente Shenzhen Composto assegurou ganho mais expressivo, de 2,02%.

Na esteira da Nvidia, a taiwanesa TSMC, maior produtora de semicondutores do mundo, subiu 1,59% em Taipé hoje, enquanto a Advantest, que fabrica equipamentos de teste automático para a indústria de chips, saltou 7% em Tóquio e a fabricante de chips de memória SK Hynix avançou 5,3% em Seul.

Na Oceania, por outro lado, a bolsa australiana ficou no vermelho após dados de inflação doméstica mais fortes do que o esperado impulsionarem apostas de que o banco central do país poderá elevar juros, em vez de cortá-los. O S&P/ASX 200 caiu 0,67%.

 

EUROPA

As bolsas europeias abriram em alta nesta quarta-feira, à medida que o Nasdaq se recuperou ontem em Nova York. A confiança do consumidor na Alemanha deverá apresentar piora no mês que vem.

O instituto Gfk aponta que o índice recuará para -21,8 pontos em julho, ante -21,0 no mês anterior, cuja leitura foi revisada de -20,9. O resultado veio abaixo da expectativa de analistas consultados pelo FactSet, que previam aumento da confiança para -19 pontos. O GfK se baseia em dados do mês corrente para projetar a confiança do consumidor no período seguinte.

Às 06:19, o Stoxx 600 avançava 0,31%, o inglês FTSE subia 0,55% acompanhado de perto pelo alemão DAX (+0,67%) e o francês CAC40 acumulava 0,16% ao valor de mercado.

 

EUA

A ação da Nvidia, fabricante americana de chips que vem protagonizando o entusiasmo com a inteligência artificial, saltou quase 7% em Nova York ontem, corrigindo parte do tombo de quase 13% que havia sofrido nos três pregões anteriores e impulsionando o Nasdaq, que concentra empresas de tecnologia.

Os índices futuros das bolsas de Nova York operam no campo positivo na sessão de hoje. A agenda dos EUA traz dados sobre vendas de moradias novas e teste de estresse bancário do Federal Reserve. Às 06:52, no mercado futuro, o Dow Jones subia 0,03%, enquanto o S&P 500 avançava 0,16% e o Nasdaq acumulava 0,29% ao valor de mercado.

 

BRASIL

Em leve baixa de 0,25% no fechamento, aos 122.331,39 pontos, o Ibovespa interrompeu sequência de cinco ganhos, a sua mais longa série vencedora desde as seis altas consecutivas entre 15 e 22 de fevereiro. Mas, diferentemente daquele intervalo, quando saiu dos 127 mil para os 130 mil pontos, a recuperação desta vez o retirou das mínimas do ano, correção que havia lançado o índice aos 119.137,86 em 17 de junho, o menor nível de fechamento desde 9 de novembro passado.

Em junho, o Ibovespa sustenta leve ganho de 0,19%, derivado do avanço de 0,78% que acumula no agregado das duas primeiras sessões desta última semana do mês. No ano, o índice recua 8,83%. Fraco, o giro desta terça-feira ficou em R$ 15,9 bilhões.

 

CÂMBIO

Após dois pregões consecutivos de queda, o dólar voltou a subir com força no mercado doméstico, superando novamente o nível de R$ 5,45 no fechamento. O dia foi marcado por avanço das taxas dos Treasuries e fortalecimento global da moeda americana, diante da incerteza sobre o início de cortes de juros nos EUA. O real, que havia esboçado uma recuperação no fim da semana passada, voltou a amargar o pior desempenho entre as divisas emergentes mais relevantes. Com máxima a R$ 5,4529 à tarde, o dólar à vista encerrou o pregão em alta de 1,19%, cotado a R$ 5,4544, o que leva os ganhos acumulados em junho a 3,88%. No ano, a moeda americana avança 12,38% em relação ao real.

Hoje, a divisa americana sobe ante outras moedas fortes, em especial frente ao euro, em meio a temores de que a extrema direita tenha ganhos significativos nas eleições legislativas da França, cujo primeiro turno está marcado para o fim de semana. “Os fluxos de final de mês, os mercados acionários ainda lentos, a confiança relativamente estável dos consumidores nos EUA e, acima de tudo, a aproximação do primeiro turno das eleições parlamentares francesas continuam pesando sobre o euro”, dizem analistas do UniCredit Research, em nota a clientes.

 

COMMODITIES

Os contratos futuros do petróleo operam em alta considerável na manhã desta quarta-feira, revertendo as perdas de cerca de 1% de ontem, enquanto investidores aguardam pesquisa semanal do Departamento de Energia americano sobre estoques de petróleo e derivados dos EUA. Segundo projeção do The Wall Street Journal, o volume de petróleo bruto estocado nos EUA sofreu queda de 2,3 milhões de barris na última semana. Às 06:56, o barril do petróleo WTI subia 0,96%, a US$ 81,36, e o do Brent avançava 0,97% a US$ 84,94.

 

AGENDA

03:00 – Clima do Consumidor GfK  (ALE)

09:00 – Reunião do CMN  (BRA)

09:00 – IPCA-15  (BRA)

09:30 – Licenças de Construção  (EUA)

11:00 – Vendas de Casas Novas (EUA)

11:30 – Estoques de Petróleo Bruto (EUA)

11:30 – Estoques de Petróleo em Cushing (EUA)

11:30 – Relatório Semanal da AIE de Estoques de Destilados (EUA)

14:00 – Leilão Americano Note a 5 Anos (EUA)