PANORAMA GLOBAL 28/10/24

A agenda do dia é esvaziada de eventos econômicos importantes, mas a semana promete ser de grandes acontecimentos. No campo econômico, saem dados de inflação e do mercado de trabalho, na seara política, chega a reta final da corrida eleitoral pela Casa Branca e, no mundo corporativo, o mercado acompanha os balanços de cinco das 7 magníficas.

 

ÁSIA E PACÍFICO

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta segunda-feira, lideradas pela de Tóquio, que foi beneficiada pela fraqueza do iene após o partido do primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, perder a maioria parlamentar na eleição do fim de semana.O índice Nikkei subiu 1,82% em Tóquio, à medida que ações dos setores automotivo e de eletrônicos se fortaleceram em meio à queda do iene frente ao dólar e esperanças de que o Banco do Japão não voltará a elevar juros diante das incertezas políticas geradas pela eleição. O BoJ anuncia decisão de política monetária na quinta-feira.

O honconguês Hang Seng ficou praticamente estável, com ganho de 0,04%, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 1,13% com a ajuda de ações relacionadas a baterias e materiais industriais.

Na China, as bolsas ficaram no azul, com o bom desempenho de ações de incorporadoras e ligadas a consumo, e após o banco central chinês anunciar uma nova ferramenta monetária no mercado para garantir a liquidez do sistema bancário. O Xangai Composto teve alta de 0,68%.

 

EUROPA                                     

As bolsas do velho continente operam majoritariamente em alta na manhã desta segunda-feira, após Israel retaliar o Irã de forma contida, mas o tombo nos preços do petróleo pesa em ações do setor listadas em Londres. O apetite por risco na Europa predomina desde a abertura dos mercados, após Israel lançar no fim de semana um ataque apenas limitado contra alvos militares do Irã, poupando a infraestrutura de petróleo do país, o que derrubou as cotações da commodity, e aliviando temores de um conflito mais amplo no Oriente Médio.

Às 07:36, o Euro Stoxx avançava 0,26% enquanto o inglês FTSE subia 0,04% e o alemão DAX avançava 0,14%. Na França, o CAC 40 acumulava alta de 0,47% e o destaque do continente ficava por conta do espanhol IBEX, que adicionava 0,70% ao valor de mercado.

 

EUA

Os futuros americanos operam em alta robusta no pregão de hoje, com o S&P500 avançando 0,68% e no Nasdaq Composto acumulando alta de 0,87%. O Dow Jones, representante da fatia industrial, adicionava 0,63% ao valor de mercado. O apetite ao risco vem no embalo geopolítico que gerou alívio nas tensões no Oriente Médio. O investidor também aquece os motores para a semana com diversos dados econômicos importantes e o balanço corporativo de 5 das maiores empresas de tecnologia do mundo.

No campo político, a corrida eleitoral pela Casa Branca ganha protagonismo. Faltando poucos dias para as eleições, os candidatos seguem em empate técnico e ambos apostarão suas fichas no convencimento do eleitor dos estados indecisos, onde devem focar a reta final das campanhas. Para o mercado, Trump é considerado favorito, visto que, em pesquisas recentes, a maioria dos eleitores indecisos consideram Trump um candidato melhor para a economia americana além de um líder mais forte.

 

BRASIL

O Ibovespa fechou o pregão de sexta-feira em leve queda, mesmo com a forte valorização dos papéis da Vale, de maior peso para o índice. A principal referência da B3 terminou o pregão em baixa de 0,13%, aos 129.893 pontos.

A sessão foi marcada pela alta dos juros futuros, que refletiu principalmente o cenário de incertezas fiscais e o avanço do dólar. Economistas do mercado financeiro consultados pelo Broadcast seguem ainda vendo riscos de estouro do teto da meta de inflação em 2024, mesmo após o anúncio desta tarde de que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adotará bandeira tarifária amarela no mês de novembro. Em outubro, o nível da bandeira usado foi a vermelha 2, em função da estiagem severa que castigou boa parte do País.

 

CÂMBIO

O dólar fechou o último pregão da semana em alta, acompanhando a tendência de valorização global da moeda americana. A divisa encerrou o pregão com ganhos de 0,75% a R$ 5,7051.

O fortalecimento do dólar acompanhou a melhora dos rendimentos dos Treasuries. Investidores acompanharam a divulgação do índice de sentimento do consumidor nos Estados Unidos, elaborado pela Universidade de Michigan, que subiu de 70,1 em setembro para 70,5 em outubro, segundo levantamento final divulgado pela instituição nesta sexta-feira. O resultado ficou acima da leitura preliminar de outubro (68,9) e superou a previsão de analistas consultados pela FactSet, que previam queda do índice a 69,5.

 

COMMODITIES

Os contratos futuros do petróleo operam em baixa de mais de 5% na manhã desta segunda-feira, mantendo a tendência de forte queda da noite de domingo, após Israel lançar no fim de semana um ataque limitado que mirou apenas alvos militares do Irã, poupando a infraestrutura petrolífera do país. Às 07:37, o barril do WTI era negociado a $67,41, tombo de 6,09%, enquanto o do Brent valia $71,30, recuo de 5,71%.

O minério de ferro aproveitou as novas medidas de incentivo ao setor imobiliário vindas da China e avançou 2,35%, fechando a última janela de verificação em Dalian valendo 783,5 yuanes.

O ouro experimenta um dia de correção, associada ao sentimento de risk on do mercado, que absorve as questões geopolíticas. A onça troy era negociada a $2.743 às 07:39 desta manhã de segunda-feira.

 

AGENDA

08:25 – Boletim Focus (BRA)